Consultor diz que presidente da Embraer sabia de pagamentos ilícitos, diz jornal

SÃO PAULO (Reuters) - Um consultor de vendas que disse ter pagado propinas no nome da Embraer afirmou a procuradores brasileiros que acredita que os principais executivos da empresa, incluindo o presidente-executivo da fabricante de jatos, Frederico Curado, sabiam dos pagamentos ilícitos, segundo reportagem do "The Wall Street Journal" na noite de quarta-feira (17).
Os pagamentos ilícitos estariam ligados à venda de aeronaves militares para a República Dominicana, de acordo com o jornal, citando a cooperação do consultor Elio Moti Sonnenfeld com procuradores.
Separadamente, o jornal noticiou nesta quinta-feira que um juiz brasileiro retirou acusações contra Sonnenfeld, que vinha cooperando com investidores, citando uma fonte próxima do caso.
Procuradores brasileiros recomendaram o perdão de todas as acusações, o que foi atendido por um tribunal em fevereiro, de acordo com o Wall Street Journal.
Sonnenfeld teria recebido uma comissão da Embraer e repassado como propina a uma autoridade na República Dominicana, o que teria ajudado a fabricante brasileira a garantir um contrato de US$ 92 milhões em 2008, ainda conforme a publicação.
Procurada, a Embraer disse que não pode comentar as alegações contra os executivos da empresa, por serem aparentemente vazadas de uma declaração confidencial de um réu em um processo que tramita em segredo de Justiça no Brasil e não estaria disponível para a empresa.
A fabricante de aeronaves promove uma investigação interna e disse estar cooperando com o Departamento de Justiça e a Securities and Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos, onde a empresa brasileira é alvo de investigação sobre violação de leis norte-americanas anticorrupção.
"Os assuntos em análise ocorreram há vários anos e a empresa tem colaborado plenamente com as autoridades. Os resultados da investigação são confidenciais e têm sido reportados às autoridades competentes", disse a Embraer em nota.
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