BCE pode cortar juros de novo se economia não acelerar, diz economista-chefe
FRANKFURT, 18 Mar (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) pode cortar os juros de novo se a economia da zona do euro não acelerar e, sob circunstâncias extremas, pode até mesmo considerar imprimir dinheiro e dá-lo diretamente às pessoas, afirmou o economista-chefe do BCE, Peter Praet, em entrevista a um jornal italiano nesta sexta-feira.
O BCE frustrou os investidores na semana quando seu presidente, Mario Draghi, afirmou que não espera mais cortes de juros, levantando questões sobre sua promessa em 2012 de fazer "o que for necessário" para salvar o euro.
De lá para cá, os mercados se estabilizaram e Draghi afirmou na quinta-feira que as taxas do BCE permanecerão nos níveis atuais ou mais baixos por um longo tempo.
Praet disse que os juros não alcançaram seu limite mais baixo, mesmo que o BCE esteja ciente do impacto negativo que sua taxa de depósito negativa, efetivamente uma cobrança sobre os depósitos dos bancos no BCE, tem sobre as margens bancárias.
"Como outros bancos centrais têm demonstrado, não chegamos ao limite físico mais baixo", disse ele ao jornal italiano La Repubblica.
Praet acrescentou que se "choques negativos piorarem o cenário ou se as condições financeiras não se ajustarem na direção e na extensão que é necessária para impulsionar a economia e a inflação, uma redução dos juros continua em nosso arsenal."
Questinado se o BCE poderia simplesmente imprimir dinheiro e distribuí-lo aos cidadãos, uma forma extrema de afrouxamento da política monetária visualizada primeiramente pelo economista norte-americano Milton Friedman usando a metáfora de um helicóptero jogando dinheiro, Praet disse que essa é uma possibilidade, ao menos em teoria.
(Reportagem de Christoph Steitz e Francesco Canepa)
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