Petrobras terá reunião de diretoria para discutir dívida e investimentos, diz fonte
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O novo presidente-executivo da Petrobras, Pedro Parente, terá uma reunião com seus principais executivos no começo de julho para definir um novo plano de investimentos para a empresa, afirmou uma fonte da companhia à agência de notícias Reuters nesta quarta-feira (23).
Serão dois dias de reunião, com início em 1° de julho, naquele que será o primeiro encontro de alto nível para planejamento entre Parente e seus executivos desde que o presidente assumiu a Petrobras em 1° de junho, disse a fonte.
Em um discurso no dia seguinte à posse, Parente prometeu entregar em 120 dias um plano de vendas de ativos e redução de dívida para os próximos cinco anos que deverá focar os investimentos da companhia em exploração e produção em campos em alto-mar, que são os negócios mais lucrativos da Petrobras.
Ele também prometeu que cumprirá seus objetivos sem um socorro por parte do governo.
O ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, havia prometido entregar um plano revisado para os próximos cinco anos na metade deste ano, mas foi substituído no cargo pelo presidente interino Michel Temer.
Temer, antes vice-presidente, assumiu o Planalto em maio após o Senado suspender a então presidente Dilma Rousseff em meio a um processo de impeachment.
Temer e Parente têm se mostrado comprometidos em reduzir o controle do Estado sobre a Petrobras, que foi ampliado na gestão de Dilma, que foi presidente do Conselho de Administração da petroleira antes de ser eleita presidente da República.
Eles veem investimentos estrangeiros e vendas de ativos como o melhor modo de retomar os investimentos no setor de petróleo, responsável por mais de 10% do PIB do Brasil.
A Petrobras, uma das 10 maiores companhias do mundo em valor de mercado há dez anos atrás, é hoje uma sombra do que chegou a ser. A dívida da companhia saltou para cerca de US$ 130 bilhões, o que a tornou a mais endividada petroleira global.
A queda dos preços das ações da estatal reduziu em cerca de US$ 250 bilhões o valor de mercado da companhia, em meio a um escândalo de corrupção, prática de preços subsidiados para a gasolina e preços globais do petróleo em queda nos últimos anos.
(Por Jeb Blount)
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