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FMI diz que crescimento global continuará fraco e faz alerta sobre comércio

Saul Loeb/AFP
Imagem: Saul Loeb/AFP

David Lawder

04/10/2016 11h21

WASHINGTON, 4 Out (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve a previsão de crescimento global fraco nesta terça-feira (4) e alertou que a estagnação vai alimentar mais sentimento populista contra o comércio e a imigração, o que sufocaria a atividade, a produtividade e a inovação.

Na última atualização do relatório "Perspectiva Econômica Global", o FMI disse que a queda no crescimento dos EUA para 2016 por causa de um desempenho fraco no primeiro semestre será compensada pelo fortalecimento de Japão, Alemanha, Rússia, Índia e alguns outros mercados emergentes.

O FMI manteve sua estimativa de crescimento global para 2016 em 3,1% e para 2017 em 3,4%, depois de cortar as projeções por cinco trimestres seguidos.

O FMI disse que as economias avançadas como um todo vão ver um enfraquecimento do crescimento em 2016, uma queda de 0,2 ponto percentual ante julho, para 1,6%. Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento vão ver um ganho de 0,1 ponto percentual no crescimento, para 4,2%.

Sua previsão de 2017 para os dois grupos não foi alterada, com as economias avançadas devendo crescer 1,8% e os mercados emergentes 4,6%.

Os Estados Unidos são responsáveis por grande parte do declínio nas economias avançadas, com redução da previsão de crescimento para 1,6%, ante 2,2% em julho, devido a um desempenho decepcionante no primeiro semestre causado pelo fraco investimento empresarial e uma redução dos estoques de bens.

As pressões do dólar mais forte e dos preços mais baixos da energia devem desaparecer no próximo ano. O Fundo também defendeu uma abordagem gradual para a elevação da taxa de juros pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, "conectada a sinais claros de que os salários e os preços estão se firmando de forma duradoura."

As previsões de crescimento para a China mantiveram-se inalteradas em 6,6% para 2016 e 6,2% para 2017, com o apoio da política forte e do crescimento do crédito alimentando o consumo doméstico.