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Controle de despesas é chave para resultado da RD em 2017, dizem executivos

28/04/2017 12h27

SÃO PAULO (Reuters) - A receita da RD, ex-Raia Drogasil, foi sólida no primeiro trimestre do ano, mas o destaque do resultado foi o controle de despesas, que será fundamental para o desempenho da rede de varejo farmacêutico no ano, afirmaram executivos da companhia nesta sexta-feira.

Em teleconferência com analistas, eles destacaram que o segundo trimestre será "duro", com provável perda de margem bruta no período em relação a 2016, e reflexo no resultado de todo o ano, em razão do menor aumento nos preços de medicamentos na comparação com o ano passado.

Em 2016, o governo autorizou reajuste acima da inflação para medicamentos, de até 12,5 por cento, a partir de abril, o que ajudou na margem bruta de 31,6 por cento da RD no segundo trimestre daquele exercício. Neste ano, a alíquota máxima autorizada foi de 4,76 por cento.

O controle de despesas "será chave para um ano bom", disse o diretor de Planejamento Corporativo e Relações com Investidores da rede, Eugênio De Zagottis. "Temos que achar um caminho para reduzir despesas", reforçou o presidente-executivo da empresa, Marcílio Pousada.

Eles afirmaram que o primeiro trimestre já teve uma boa execução nesse sentido, com as despesas com vendas ficando em 18,7 por cento da receita bruta no período contra 19 por cento no mesmo intervalo do ano passado.

A companhia "começou 2017 com o pé direito, bom desempenho de vendas e controle de vendas bem efetivo", afirmou De Zagottis.

Os executivos citaram que abril tem um calendário que dificulta a leitura para o trimestre corrente, com vários feriados, e que espera maio para ter uma percepção melhor sobre desempenho de vendas. Segundo eles, o desempenho neste mês não deve ser uma tendência.

A RD também se prepara para abrir um centro de distribuição na Bahia nos próximos meses, que deve ajudar no desempenho da margem bruta em razão de economias do ponto de vista logístico, com o efeito esperado para ser capturado a partir do terceiro ou quarto trimestre, afirmaram.

O plano de expansão também segue em ritmo forte e linear, mantendo a previsão de 200 novas lojas em 2017, sendo que da bandeira Farmasil a previsão é de abrir de 5 a 10 unidades no ano, de acordo com os executivos.

Por volta das 12:25, as ações da companhia subiam 0,89 por cento, a 66,59 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,85 por cento.

(Por Paula Arend Laier)