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Diretor da EPE admite incertezas no setor elétrico com crise política

18/05/2017 16h23

Por Luciano Costa

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo planejamento da geração e transmissão de energia e estudos técnicos, ainda não tem uma avaliação sobre o impacto do acirramento da crise política sobre o setor elétrico do Brasil, após denúncias contra o presidente Michel Temer.

Em um evento que reúne executivos do setor no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, era enorme o clima de apreensão em relação ao futuro, uma vez que o governo Temer preparava uma reforma do marco regulatório da energia elétrica para tentar atrair investidores para o Brasil.

Após as notícias contra Temer, a direção do PSB pediu que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que é da sigla, entregue o cargo ao governo devido às denúncias.

"Está muito difícil falar (o que acontecerá agora). Essa é a pergunta de um milhão de dólares", disse à Reuters o diretor de estudos econômico-energéticos e ambientais da EPE, Ricardo Gorini.

Ele afirmou que a EPE e o governo trabalhavam em medidas para restaurar a racionalidade econômica das regras do setor elétrico e impulsionar investimentos, principalmente em fontes renováveis de eletricidade.

O executivo preferiu não tecer maiores comentários sobre a situação política, após questionamentos da Reuters. "É difícil comentar agora", disse.