Minoritários vão pressionar pela saída de Wesley Batista da JBS, diz fonte
RIO DE JANEIRO, 29 Mai (Reuters) - Minoritários da JBS, incluindo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), estão se articulando para pressionar pela saída de Wesley Batista do Conselho de Administração e da presidência executiva da empresa, disse uma fonte a par das discussões.
Na sexta-feira (26), Joesley renunciou à presidência do conselho da JBS. Já Wesley deixou a vice-presidência, mas se manteve como membro do colegiado e presidente-executivo da maior produtora de carne bovina do mundo.
Segundo a fonte, a permanência de Wesley é vista pelos minoritários como insustentável para a imagem da empresa. Por isso, esses acionistas pretendem apresentar um recurso na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para forçar a saída de Wesley. "Eles [a família Batista] são majoritários, mas a insistência pela saída do Wesley vai continuar", disse à agência de notícias Reuters uma fonte próxima as discussões.
Na mesma reunião de sexta-feira, o conselho por unanimidade elegeu José Batista Sobrinho, pai de Wesley e de Joesley, para a vice-presidência do colegiado da JBS.
"O prejuízo de imagem é muito grande e isso traz perdas aos acionistas", disse a fonte. Ele [Wesley] não pode ficar e a saída seria para mostrar que ali se tem uma gestão profissional".
Um dos caminhos estudados pelos minoritários foi um recurso na Justiça, mas prevaleceu a leitura de que a lei poderia permitir que Wesley permaneça na empresa. "É chegada a hora da CVM mostrar que é xerife e puxar o gatilho contra quem cometeu tantos erros", disse a fonte.
Em nota, a JBS afirmou que as mudanças no conselho na sexta-feira foram aprovadas por unanimidade pelos representantes dos acionistas da companhia.
(Por Rodrigo Viga Gaier, com reportagem adicional da Tatiana Bautzer; edição de Aluísio Alves)
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