FMI indica fim da recessão do Brasil, mas alerta para incerteza política
SÃO PAULO (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou nesta quinta-feira que a recessão brasileira está perto de terminar, embora tenha ponderado que a incerteza política pode prejudicar a expectativa de melhora da economia, piorando sua expectativa para a atividade no ano que vem.
Na avaliação do FMI, a incerteza política pode diluir ou retardar a reforma da Previdência. Se isso ocorrer, o Fundo alerta para reações "adversas no mercado no curto prazo" e para a necessidade de medidas fiscais adicionais ao longo do tempo.
"A capacidade do governo de cumprir a reforma da Previdência, um passo necessário para garantir a sustentabilidade fiscal, tornou-se mais incerta - e, com as eleições nacionais agendadas para 2018, a janela de ação legislativa está encerrando", informou o Fundo em relatório.
Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse acreditar que reforma da Previdência deve tramitar ainda neste ano no Congresso.
O Fundo elevou levemente a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para a economia brasileira neste ano a 0,3 por cento, ante 0,2 por cento anteriormente. No entanto, reduziu a expectativa para o avanço da economia em 2018 a 1,3 por cento, abaixo do patamar de 1,7 por cento projetado antes.
"A previsão pressupõe que um conjunto de medidas suficientemente forte - especialmente a reforma da Previdência - seja implementado para garantir a sustentabilidade fiscal."
A projeção do FMI para este ano está em linha com o avanço de 0,34 por cento do PIB estimado por economistas em relatório Focus, do Banco Central. Para o ano que vem, contudo, a expectativa dos economistas ouvidos pelo BC é bem mais otimista, de um crescimento de 2 por cento na atividade.
Se os cálculos para 2017 se confirmarem, a economia brasileira vai voltar a ter crescimento econômico depois de dois anos seguidos de queda do PIB.
No lado externo, o FMI aponta como principal risco para a economia brasileira um aperto mais rápido do que o esperado nas condições financeiras globais e uma desaceleração significativa da economia chinesa.
(Por Luiz Guilherme Gerbelli)
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