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Klabin tem melhora operacional, mas câmbio leva a prejuízo no 2º tri

27/07/2017 10h40

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A produtora de celulose e de papel para embalagens Klabin teve melhora operacional, fortalecida por aumento das vendas em volume e preços, mas o peso da oscilação cambial e do valor contábil de ativos biológicos ditaram prejuízo no segundo trimestre.

A companhia informou nesta quinta-feira prejuízo líquido de 378 milhões de reais de abril a junho, ante lucro líquido de 1,268 bilhão de reais no mesmo intervalo do ano passado.

Às 10:35, as units da Klabin recuavam 0,3 por cento na bolsa paulista, a 16,28 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,7 por cento. Em 2017, os papéis da companhia acumulam baixa de cerca de 6,5 por cento.

Seu resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 595 milhões de reais no segundo trimestre, 11 por cento maior na comparação anual.

Em volume, as vendas da Klabin, sem incluir madeira, atingiram 777 mil toneladas no período, alta de 23 por cento sobre um ano antes, refletindo entre outros fatores o aumento da produção de celulose na Unidade Puma.

Além disso, com a forte demanda internacional os preços da celulose e do krafliner, dois dos principais produtos exportados pela empresa, subiram entre 6 e 15 por cento.

Com isso, a receita líquida da Klabin cresceu 6 por cento ante o primeiro trimestre e 17 por cento em relação ao segundo trimestre de 2016, a 1,984 bilhão de reais.

O custo caixa unitário, que contempla a venda de produtos, foi de 1,791 mil reais por tonelada no trimestre, incluindo valores não recorrentes de outras receitas e despesas operacionais, queda de 4 por cento sobre um ano antes.

Por outro lado, o efeito não caixa do valor justo dos ativos biológicos no resultado operacional (EBIT) do trimestre foi negativo em 244 milhões de reais.

Adicionalmente, a alta de 4 por cento do dólar entre o fim do primeiro e do segundo trimestres pesou na dívida em moeda estrangeira, com as variações cambiais líquidas sendo negativas em 557 milhões de reais no período.