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Bovespa tem leve alta de olho em noticiário corporativo e exterior

11/08/2017 11h59

Por Flavia Bohone

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista tinha leve alta nesta sexta-feira, em meio a uma sessão de intenso noticiário corporativo, que tinha as ações da Copel e da Kroton entre os maiores ganhos após balanços, enquanto as tensões geopolíticas internacionais seguiam despertando cautela.

Às 11:55, o Ibovespa subia 0,35 por cento, a 67.224 pontos. O giro financeiro era de 2,3 bilhões de reais.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez mais um alerta à Coreia do Norte nesta sexta-feira, afirmando que as armas norte-americanas estão prontas e carregadas, enquanto Pyongyang o acusou de levar a península coreana à beira de uma guerra nuclear.

Por outro lado, os preços ao consumidor nos EUA, que subiram menos que o esperado em julho, ofereciam algum alívio aos negócios, uma vez que reforçavam a visão de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve seguir um ritmo gradual de elevação de juros.

Já o cenário local seguia favorecendo alguma cautela, em meio a preocupações com a situação fiscal do país. Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento informaram na véspera que as conversas sobre a situação fiscal serão retomadas na segunda-feira e que a divulgação sobre a meta será feita "assim que houver uma decisão".

DESTAQUES

- COPEL PNB avançava 5,39 por cento, após a empresa divulgar lucro líquido de 151 milhões de reais nos segundo trimestre. A empresa também anunciou que decidiu não prosseguir com uma oferta subsequente de ações, avaliando que há "melhores alternativas de geração de caixa que possam continuar suportando o plano estratégico de crescimento sustentável da companhia". O lucro superou a estimativa de analistas do UBS, que viram ainda a decisão de não seguir com o plano de capitalização como positiva.

- KROTON ON avançava 4,54 por cento, após a empresa de educação divulgar lucro líquido ajustado de 645 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 14,8 por cento sobre o mesmo período do ano passado.

- BRF ON subia 5,62 por cento, após a empresa divulgar prejuízo líquido de 167,3 milhões de reais no período no segundo trimestre e anunciar que vai criar uma terceira marca de produtos, com foco no segmento de baixa renda. Segundo analistas do BTG Pactual, apesar de dados fracos no período, houve alguns sinais de reversão de tendência, como melhora sequencial de margens em mercados internacionais relevantes e ganhos de participação de mercado no Brasil.

- CYRELA ON ganhava 2,07 por cento, tendo o resultado do segundo trimestre como pano de fundo. A empresa reportou prejuízo líquido de 141 milhões de reais no período, revertendo lucro de 44,7 milhões de reais. Analistas do Credit Suisse destacam que os dados da empresa foram negativos, mas dentro do esperado e não veem riscos adicionais para a receita frente aos níveis atuais.

- PETROBRAS PN caía 0,53 por cento e PETROBRAS ON recuava 1,1 por cento, com investidores digerindo os dados do segundo trimestre divulgados pela petroleira na noite passada. A empresa teve lucro líquido 316 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 14,6 por cento ante igual período do ano passado e de 93 por cento ante os três primeiros meses deste ano, com efeitos negativos de 6,234 bilhões de reais da adesão aos programas tributários conhecidos como PRT e Pert. - VALE PNA perdia 2,38 por cento e VALE ON tinha queda de 1,89 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, em sessão de baixa para os futuros do minério de ferro na China, com o contrato mais líquido na Bolsa de Dalian, para entrega em janeiro, cedendo 4,7 por cento.

- GERDAU PN recuava 1,22 por cento e USIMINAS PNA cedia 1,36 por cento, acompanhando as perdas dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China nesta sessão. Já a CSN ON tinha alta de 0,61 por cento, refletindo a notícia do jornal Valor Econômico de que vai reajustar os preços dos aços planos em 12,75 por cento a partir de 25 deste mês.

- CARREFOUR BRASIL ON, que não faz parte do Ibovespa, subia 3,45 por cento, após a empresa reportar seu primeiro resultado trimestral desde a oferta inicial de ações, em julho. O lucro líquido do segundo trimestre somou 299 milhões de reais, queda de 3,4 por ante o igual período do ano passado. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 3,5 por cento no período, para 827 milhões de reais.