Usiminas diz que acordo de minério de ferro é diferente de assinado por ex-presidente
SÃO PAULO (Reuters) - A Usiminas informou nesta sexta-feira que um acordo de fornecimento de minério de ferro divulgado na véspera é diferente do que foi acertado pelo ex-presidente Rômel de Souza, ao não exigir que a siderúrgica reembolse sua mineradora pela redução do volume contratado.
Na noite da véspera, a Usiminas enviou comunicado curto ao mercado afirmando que assinou um acordo vinculante que reduz de 4 milhões para 2,3 milhões de toneladas o volume anual de minério de ferro que é obrigada a adquirir da Mineração Usiminas (Musa).
Os volumes são próximos aos definidos em um memorando de entendimento assinado por Souza em 2016. O documento acabou sendo pivô do afastamento do executivo da Usiminas em março deste ano, sob acusação de que o conselho de administração da empresa não foi devidamente informado antes de sua assinatura.
Ao ser procurada pela Reuters nesta sexta-feira sobre mais detalhes do acordo divulgado na véspera, a Usiminas emitiu um novo comunicado afirmando que os novos termos de fornecimento "em nada se assemelham ao memorando de entendimento assinado pelo ex-diretor-presidente da companhia".
Segundo a siderúrgica, o novo acordo com a Mineração Usiminas não cobra "qualquer tipo de contrapartida por parte da siderúrgica", enquanto o memorando de entendimento assinado em 2016 garantia um pagamento fixo à mineradora equivalente ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) que a Musa deixaria de obter com a redução da venda para a Usiminas.
A siderúrgica decidiu em outubro de 2015 paralisar a produção de aço bruto de sua usina em Cubatão (SP) em decorrência da forte queda na demanda brasileira, o que forçou a companhia a rediscutir os termos do contrato de fornecimento de minério de ferro da Musa.
Representantes da empresa não deram nesta sexta-feira mais detalhes sobre o novo acerto com a mineradora, mas uma fonte próxima das discussões afirmou que o contrato agora prevê rediscussões anuais dos termos, com uma renegociação já marcada para 2021.
Às 15:18, as ações da Usiminas exibiam queda de 1,8 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,2 por cento.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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