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Hypermarcas avalia expansão de capacidade, amplia investimento em publicidade na Globo

30/10/2017 13h31

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo farmacêutico Hypermarcas avalia investimentos em aumento de capacidade de produção e ampliando investimentos em anúncios na rede Globo para o próximo ano, disse o presidente da companhia, Claudio Bergamo, nesta segunda-feira.

"Temos vários lançamentos em todas as unidades de negócios em 2018... Algumas linhas de produção começam a atingir gargalos. Estamos estudando um ciclo (de investimentos) para aumento de capacidade", disse Bergamo em teleconferência com analistas sobre os resultados de terceiro trimestre divulgados na noite de sexta-feira.

O executivo não deu detalhes, mas afirmou que a cota de patrocínio da Globo para 2018 é de 200 milhões de reais ante 140 milhões neste ano. Do total a ser investido pela empresa em patrocínio na emissora 50 milhões de reais foram no terceiro trimestre e outros 50 milhões no quarto trimestre. O restante será quitado no primeiro trimestre de 2018, afirmou Bergamo.

Além do estudo em investimento em capacidade, a Hypermarcas também está avaliando incrementar sua força de vendas dedicada a visitas a médicos, disse o executivo.

"Existe uma possibilidade de continuidade de aumento de volume (de vendas) e temos que nos preparar para esse novo ciclo", afirmou Bergamo, acrescentando que a Hypermarcas pode entrar em novas moléculas de medicamentos mais adiante.

No terceiro trimestre, a receita líquida da empresa subiu quase 18 por cento sobre um ano antes, para 955 milhões de reais, enquanto as despesas com marketing subiram 12 por cento, para 255 milhões.

Segundo Bergamo, o aumento na verba de publicidade acertado com a emissora de TV não necessariamente implica ampliar despesas em marketing como um todo, uma vez que a Hypermarcas pode mexer em outras linhas de despesa de propaganda.

A companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 292 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 14 por cento sobre um ano antes. De janeiro a setembro, o Ebitda acumulado é de 960 milhões de reais, mas Bergamo afirmou que a Hypermarcas não pretende mexer em sua previsão de Ebitda de cerca de 1,2 bilhão de reais para 2017.

As ações da Hypermarcas caiam 1,1 por cento às 13:28, enquanto o Ibovespa mostrava baixa de 1 por cento.

Analistas do UBS citaram como destaque negativo do balanço a pressão sobre a margem bruta, que teve oscilação negativa de 0,4 ponto percentual no período sobre um ano antes.

Bergamo evitou fazer comentários sobre a margem nos próximos trimestres, afirmando na teleconferência apenas que crescimento orgânico e rentável, com distribuição de recursos para os acionistas, é a meta da companhia.

Segundo ele, o mercado de medicamentos no país deve crescer 8 a 10 por cento este ano e o objetivo da Hypermarcas é ficar acima disso. Nos nove primeiros meses do ano, a receita líquida da empresa subiu 11,8 por cento, a 2,73 bilhões de reais.

(Por Alberto Alerigi Jr.)