Para reduzir despesas com roubos e calotes, foco da Movida em 2018 será gestão de frotas
SÃO PAULO (Reuters) - A Movida vai concentrar esforços no crescimento do negócio de gestão de frotas em 2018 para dar maior estabilidade à receita e reduzir os efeitos das despesas com roubo e calotes com aluguel de carros, disse o presidente-executivo da companhia, Renato Franklin, nesta sexta-feira.
Nesse sentido, a empresa pretende manter no ano que vem a frota para locação nos atuais 57 mil veículos. Embora responda por quase um terço das receitas, o segmento tem pressionado as despesas da Movida, dados os níveis elevados de sinistros.
Nos primeiros nove meses de 2017, a Movida teve mais de mil carros roubados, mais do que o dobro do registrado em igual período do ano passado. Em bases anualizadas, isso significa que cerca de 25 de cada mil carros da empresa foi roubado em um ano.
"O pior caso é o Rio de Janeiro e não há perspectiva de melhora nos próximos trimestres", disse Franklin durante apresentação a investidores e analistas da Apimec.
Além disso, só na primeira metade deste ano a companhia provisionou 26 milhões de reais para perdas com inadimplência, mais do que o dobro da mesma etapa de 2016.
Para tentar reverter esse quadro, além de tomar medidas corretivas, como reduzir a exposição a mercados mais arriscados e investir em ferramentas de rastreamento, a companhia vai se concentrar em linhas de negócio menos vulneráveis a esses riscos, como a gestão de frotas.
Segundo Franklin, esse movimento está em linha com as metas da empresa de dobrar os níveis de rentabilidade dos atuais 8,5 por cento para 15 por cento em 2019.
Simultaneamente, a Movida considera acessar o mercado de capitais até o primeiro trimestre de 2018 para captar recursos que permitam alongar e baratear seu custo de capital. O objetivo é reduzir a alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida/Ebitda, do índice atual de 3,2 vezes para 2 vezes já no fim do ano que vem.
(Por Aluísio Alves)
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