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BC anuncia leilões para rolar US$9,6 bilhões em contratos de swap cambial que vencem em janeiro

30/11/2017 19h38

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central iniciará na sexta-feira leilões de contratos de swap cambial --equivalente à venda de dólares no mercado futuro-- para rolar contratos que vencem no dia 2 de janeiro do próximo ano e totalizam 9,6 bilhões de dólares.

Os leilões serão realizados de 1 a 20 de dezembro, de acordo com comunicado do BC, e as ofertas serão distribuídas a critério da autoridade monetária entre os dias 1 de março, 2 de maio e 1 de outubro de 2018.

No leilão de sexta-feira, o BC aceitará até 14 mil contratos e divulgará o resultado a partir de 11h50.

O BC possui em estoque um total de contratos de swap cambial equivalente a 23,79 bilhões de dólares, a maior parte deles sendo os 9,6 bilhões de dólares que vencem no dia 2 de janeiro. Do restante, outros 9 bilhões de dólares vencem em 2 de abril e 5,13 bilhões de dólares, no dia 2 de julho do ano que vem.

O dólar fechou com alta de quase 1 por cento nesta quinta-feira, a 3,2716 reais, repetindo o movimento da véspera com o mercado precificando cada vez mais que o governo do presidente Michel Temer não conseguirá aprovar a reforma da Previdência em breve.[nL1N1O01VS]

Os profissionais das mesas apostavam que a autoridade monetária, de fato, iria rolar integralmente a oferta de janeiro, eliminando uma eventual pressão adicional sobre os preços num ambiente já de maior cautela com as dúvidas sobre votação da reforma da Previdência ainda em 2017.

O BC não atuou no mercado nos dois últimos meses porque não havia vencimentos de swap.

Em setembro, quando fez a última rolagem, o BC rolou apenas 6 bilhões de dólares do total de 9,975 bilhões de dólares. Naquela ocasião, a demora da autoridade em anunciar como atuaria fez a moeda subir, em meio às especulações do mercado. [nL2N1LT26M]

Quando o BC não rola os contratos de swaps ou rola apenas parcialmente, os investidores que precisam de proteção têm que comprar dólares no mercado, o que pressiona a moeda para cima.

(Por Iuri Dantas e Claudia Violante)