Cargill quer construir terminal no Pará; prevê investir R$700 mi
SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de trading e processamento de grãos Cargill anunciou nesta quarta-feira a intenção de construir um terminal portuário na Baía do Capim, no município de Abaetetuba (PA), que exigiria investimento de 700 milhões de reais.
O objetivo da empresa é aumentar a exportação de grãos pelos portos do Norte do país.
"Assim como outras empresas exportadoras presentes no Brasil, a Cargill considera a região de Barcarena estratégica para o escoamento de grãos", disse Clythio Backx van Buggenhout, diretor de Portos da Cargill, em nota.
Segundo ele, o local foi escolhido por apresentar características que garantem uma operação segura e eficiente, como profundidade adequada e acesso viável para barcaças.
O porto, que poderá ser concluído entre 2022 e 2025, deverá receber barcaças carregadas em Miritituba (PA) com grãos trazidos de caminhão, principalmente de Mato Grosso.
O terminal em Abaetetuba, onde ocorrerá o transbordo dos grãos das barcaças para os navios graneleiros usados na exportação, terá capacidade de movimentar cerca de 6 milhões de toneladas por ano.
"Para a Cargill, a região Norte é fundamental e, seguindo esta direção, um porto na região de Barcarena completará a matriz logística da companhia na Rota Norte. Somado ao terminal de Santarém, teremos capacidade total de escoar 12 milhões de toneladas de grãos ao ano", acrescentou Buggenhout.
A companhia ainda conta com terminal portuário em Porto Velho (RO), de onde saem barcaças com destino a Santarém e, futuramente, Abaetetuba.
A empresa informou que protocolou junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará os relatórios EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) referentes ao novo terminal.
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