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Trump e Schumer não obtêm acordo para evitar paralisação do governo dos EUA

19/01/2018 19h08

Por Richard Cowan e Susan Cornwell

WASHINGTON (Reuters) - O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, reuniu-se com o presidente Donald Trump na Casa Branca nesta sexta-feira para buscar maneiras de evitar uma paralisação do governo dos EUA, mas Schumer disse depois que permaneceram os desentendimentos mesmo diante do prazo final à meia-noite para aprovação de uma lei de financiamento.

Trump convidou Schumer à Casa Branca à medida que uma lei para financiar o governo federal até 16 de fevereiro parecia estar à beira do colapso no Senado, onde são necessários votos democratas para sua aprovação.

"Tivemos um encontro longo e detalhado", Schumer disse a repórteres, em seu retorno ao Capitólio depois de aproximadamente 90 minutos de encontro. Os chefes de gabinete de cada um deles -John Kelly para Trump e Mike Lynch para Schumer- também participaram.

"Discutimos todos os principais assuntos. Fizemos algum progresso, mas ainda temos um bom número de desentendimentos. As discussões vão continuar", disse Schumer.

Controlada pelos republicanos, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida para os gastos na véspera, mas ela têm sido escanteada no Senado por causa de uma disputa sobre imigração. A Câmara havia planejado um recesso no fim da sexta-feira para uma pausa de uma semana, mas deputados foram alertados de que poderiam ser chamados de volta para novas votações.

Os democratas demandam que a lei inclua proteções contra a deportação de 700.000 jovens imigrantes sem documentos. Essas crianças, conhecidas como "sonhadores", foram levados aos Estados Unidos na infância, majoritariamente do México e da América Central, e receberam um status legal temporário em um programa iniciado pelo ex-presidente Barack Obama. Muitos foram educados nos Estados Unidos e não conhecem nenhum outro país.

Em setembro, Trump anunciou que estava encerrando o programa, dando ao Congresso até 5 de março para propor uma alternativa.

Líderes de ambos os partidos culparam os outros pelo impasse.

(Por Richard Cowan)