Fusões e aquisições em biotecnologia decolam com Sanofi e Celgene investindo US$20 bi
Por Ben Hirschler e Sudip Kar-Gupta e Michael Erman
(Reuters) - A atividade de fusões e aquisições no setor de biotecnologia deu um forte salto nesta segunda-feira com a farmacêutica francesa Sanofi e a norte-americana Celgene investindo um total de mais de 20 bilhões de dólares para adicionarem novos medicamentos contra hemofilia e câncer em seus portfólios.
Os negócios alimentam as expectativas para um ano de muitas fusões e aquisições no setor, à medida que grandes fabricantes de medicamentos adquirem ativos promissores de rivais menores para ajudar a reavivar o crescimento.
A Sanofi anunciou a compra da norte-americana especializada em hemofilia Bioverativ por 11,6 bilhões de dólares, seu maior negócio em sete anos, enquanto a Celgene está pagando cerca de 9 bilhões de dólares para adquirir os 90 por cento da especializada em câncer Juno Therapeutics que ainda não possui.
As duas ofertas em dinheiro foram acertadas em 105 e 87 dólares por ação, respectivamente. As ações da Bioverativ saltaram 63 por cento na abertura da bolsa nos EUA e da Juno avançaram 27 por cento, refletindo as ofertas, enquanto o papel da Sanofi caiu 4 por cento. Celgene ficou praticamente estável.
Outras ações do setor de biotecnologia foram impulsionadas pelas notícias, com rivais da Juno incluindo Bluebird Bio, Sangamo Therapeutics e Cellectis avançando cerca de 10 por cento cada.
"Os sinais são bons para os negócios no setor de biotecnologia em 2018", afirmou Chris Stirling, diretor da KPMG para práticas das ciências da vida.
Grandes empresas estão sob pressão com a queda nas vendas de tratamentos mais antigos e muitos estão tendo dificuldade para encontrarem substituições de alto valor em seus próprios laboratórios, tornando a compra de produtos e know-how uma opção atraente.
"Demora muito tempo para introduzir tecnologia que faça diferença significativa, e enquanto isso as empresas estão buscando colocar as mãos em produtos que acreditam que possam gerar um retorno decente", disse Stirling. "Os presidentes precisam ser vistos como fazendo alguma coisa, caso contrário eles vão realmente ter dificuldades para convencer os investidores."
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