Maia elogia Temer por criação de Ministério da Segurança e por nomeação de Jungmann para pasta
(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou nesta terça-feira o presidente Michel Temer pela decisão de criar o Ministério da Segurança Pública e pela nomeação de Raul Jungmann para comandar a nova pasta.
Maia, que classificou a criação do ministério como "importante e correta" e Jungmann como alguém capacitado para a tarefa por saber como funciona o crime organizado no Rio de Janeiro e em outros Estados, disse ainda que a Câmara trabalha em conjunto com o Senado para votar matérias relacionadas à segurança.
"A gente está terminando o texto do Sistema Integrado de Segurança Pública, essa é a segunda reunião que a gente faz praticamente com as mesmas pessoas que estavam na reunião hoje. Acho que amanhã a gente consegue terminar um texto e apresentar aos líderes, para que a Câmara possa votar e depois o Senado", disse Maia a jornalistas.
"A gente quer um projeto que seja constitucional e um projeto que de fato garanta a integração entre o governo federal, os Estados e os municípios, respeitando, claro, aquilo que está na Constituição e a atribuição de cada um dos entes da federação."
O Rio de Janeiro, Estado que é base eleitoral de Maia, está sob intervenção federal na área de segurança pública em meio a vários casos de assassinatos de policiais e do comando de traficantes em comunidades carentes.
Maia, apontado como possível candidato do DEM à Presidência da República nas eleições de outubro, disse que Temer teve coragem de criar o ministério e chamar para a esfera do governo federal o tema da segurança pública.
"O presidente Michel teve a coragem que outros presidentes não tiveram", avaliou.
"É uma decisão difícil porque o governo federal será agora demandado pela sociedade e pelos governadores. E pelos governadores em um tema que o governo federal hoje tem muitas dificuldades, que são recursos."
Maia também rebateu declarações dadas nesta terça pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que governos fracos recorrem aos militares, após Temer nomear o general Walter Braga Netto, comandante do Comando Militar do Leste, como interventor federal na segurança fluminense.
O presidente da Câmara afirmou que Fernando Henrique, assim como os também ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, foram "omissos" na questão da segurança pública.
"O que eu lamento é que o presidente Fernando Henrique não tenha assumido para ele o tema da segurança pública. Talvez se em 1995 o Brasil tivesse cuidado da segurança pública, a gente não estaria passando os problemas que a gente passa hoje e talvez a gente não tivesse 60 mil mortes por homicídios, mortes violentas no Brasil", rebateu Maia, que aproveitou para alfinetar Fernando Henrique, que foi presidente entre 1995 e 2002.
"Talvez o presidente possa estar com um pouquinho de inveja da decisão correta que o presidente Michel Temer tomou", cutucou.
(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
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