Fundos de pensão terão dificuldade de bater meta atuarial em 2018, diz Abrapp
SÃO PAULO (Reuters) - Os fundos fechados de previdência complementar terão mais dificuldades para atingir a meta atuarial em 2018, uma vez que o juro básico, que referencia a maior parte dos investimentos dessas entidades, caiu à mínima histórica, disse nesta terça-feira o presidente da associação que representa o setor, Abrapp.
"Este ano vai ser muito desafiador para alcançar a meta", disse à Reuters o presidente da Abrapp, Luis Ricardo Martins.
Grandes fundos de pensão do país amenizaram nos últimos anos perdas bilionárias acumuladas com investimentos fracassados em ativos de maior risco ao investirem em títulos do governo, com a taxa básica de juros atingindo 14,25 por cento ao ano em 2015.
No entanto, com a Selic caindo fortemente a partir do ano seguinte, chegando à mínima histórica de 6,5 por cento atualmente, a realidade mudou, e os fundos terão que buscar ativos de maior risco, como ações.
No ano passado, as entidades fechadas de previdência complementar tiveram rentabilidade de 11,36 por cento, bem acima dos 8,86 por cento da meta atuarial, rentabilidade mínima necessária para que consigam pagar os benefícios de todos os seus associados.
(Reportagem de Aluísio Alves)
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