Nissan corta centenas de vagas em fábrica do Reino Unido com demanda menor por modelos a diesel, segundo fonte
LONDRES (Reuters) - A Nissan vai cortar centenas de empregos em sua unidade de Sunderland, a maior fábrica automotiva do Reino Unido, ao enfrentar a queda na demanda por modelos movidos a diesel na Europa, disse uma fonte à Reuters nesta sexta-feira.
A Nissan monta seus modelos Qashqai e Juke do nordeste da Inglaterra e as vendas da empresa no Reino Unido, o segundo maior mercado de automóveis da Europa, caíram 35 por cento até agora este ano, pior que a demanda geral do setor, que encolheu 12 por cento.
A Jaguar Land Rover está cortando cerca de 1 mil postos de trabalho e fechando duas das suas fábricas após uma queda nas vendas que a indústria tem, em parte, atribuído à confusão sobre a política de diesel do governo e ao aumento de impostos que entrou em vigor este mês.
A Nissan disse que está discutindo as mudanças operacionais com seus funcionários.
"Vamos administrar uma redução planejada de curto prazo no fornecimento de energia e nos volumes das usinas", disse a empresa em comunicado.
A demanda por diesel caiu mais de 30 nos primeiros três meses deste ano no Reino Unido, atingida pela preocupação contínua do consumidor com o aumento de impostos e com a proposta de proibições e restrições em várias cidades ao redor do mundo.
A Nissan, que em 2016 anunciou que construiria novos modelos no Reino Unido, dando apoio à primeira-ministra Theresa May, disse nesta sexta-feira que suas mudanças na produção não estão ligadas à saída do Reino Unido da União Européia.
"Isso não está relacionado ao Brexit. Com o tempo, esperamos que os volumes aumentem à medida que nos preparamos para lançar a próxima geração do Juke, Qashqai e X-Trail".
(Por Costas Pitas)
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