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Pré-candidatura de Lula à Presidência será lançada dia 27, diz deputado

21/05/2018 17h19

(Reuters) - A pré-candidatura à Presidência da República do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o início de abril em Curitiba, será lançada no próximo domingo, dia 27 de maio, disse o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) após visitar Lula na sede da Polícia Federal na capital paranaense.

"O presidente Lula pediu que enfatizasse a todos vocês que no dia 27 de maio é muito importante que cada cidade brasileira, cada comitê e cada diretório do PT se organize para lançar sua pré-candidatura. Vamos deixar claro que Lula é o nosso candidato à Presidência da República", afirmou o parlamentar, que visitou o ex-presidente na condição de advogado.

Damous disse que Lula estava de bom humor, embora indignado com o que chamou de injustiça que está sofrendo desde sua prisão no dia 7 de abril para começar a cumprir pena de 12 anos e 1 mês de prisão no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.

Segundo o deputado, Lula disse que não quer a discussão de um possível indulto para ele, já que se considera inocente.

"O presidente deixou muito claro: não quer saber de indulto. O que o presidente quer é o reconhecimento da sua inocência, quer é que seja demonstrado que esse processo não passou de um ato de perseguição política, quer ver sua inocência provada e declarada. É isso que ele quer", disse o deputado.

"Deixou claro que é candidato, será candidato. Será candidato pelo Partido dos Trabalhadores e quer ver seu direito de concorrer, já que ele é o preferido da grande maioria do povo brasileiro, quer ver esse direito reconhecido."

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência, mas deve ficar impedido de entrar na disputa, pois a Lei da Ficha Limpa torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados do Judiciário, como a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que confirmou a condenação do petista no caso do tríplex.

Os desembargadores entenderam que Lula recebeu o imóvel como propina paga pela empreiteira OAS em troca de contratos na Petrobras. O ex-presidente nega ser dono do tríplex, assim como quaisquer irregularidades, e afirma ser alvo de uma perseguição política promovida por setores da imprensa, do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal para impedi-lo de ser candidato.

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)