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China pede aos EUA que faça "escolha sábia" antes de decisão sobre tarifas

14/06/2018 10h38

Por David Lawder e Michael Martina

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - A China pediu aos Estados Unidos nesta quinta-feira que tome uma "decisão sábia" sobre o comércio, afirmando que está pronta para responder no caso de Washington escolher o confronto no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, se prepara para decidir se coloca em prática tarifas sobre bens chineses.

Trump deve divulgar revisões de sua lista inicial de tarifas, visando 50 bilhões de dólares em produtos chineses, na sexta-feira. Pessoas familiarizadas com as revisões disseram que a lista será ligeiramente menor do que a original, com alguns bens retirados e outros acrescentados, particularmente no setor de tecnologia.

Outra autoridade disse que um esboço de documento mostrou que a nova lista ainda estaria próxima de 50 bilhões de dólares, com cerca de 1.300 categorias de produtos, mas tanto o volume em dólares quanto a quantidade de produtos estão sujeitos a mudanças.

Falando a repórteres em Pequim, com o secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo ao seu lado, o principal diplomata chinês, Wang Yi, disse que há duas escolhas quando se trata da questão comercial.

"A primeira escolha é cooperação e benefício mútuo. A outra escolha é confronto e perda mútua. A China escolhe a primeira", disse Wang. "Esperamos que o lado norte-americano possa também fazer a mesma escolha sábia. Claro, também nos preparamos para responder à segunda escolha."

O movimento em direção à implementação de tarifas dos EUA sobre produtos chineses acontece depois das negociações entre as autoridades norte-americanas e chinesas centradas no aumento das compras de commodities agrícolas e energéticas dos EUA por Pequim e na redução do déficit comercial dos EUA com a China.

Ainda não está claro quando Trump colocaria em prática as tarifas, se decidir por isso. Diversos lobistas da indústria disseram à Reuters que esperam que a mudança aconteça na sexta-feira, ou que seja adiada até a semana que vem.

Se Washington aplicar tarifas, Pequim deve retaliar com suas próprias tarifas sobre as importações dos EUA, incluindo soja, carros, produtos químicos e aviões, de acordo com uma lista divulgada no início de abril.