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Bovespa oscila sem viés definido com mercado internacional e notícias corporativas no radar

13/07/2018 11h40

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava uma tendência definida na manhã desta sexta-feira, em meio a um quadro misto no cenário financeiro internacional, com o noticiário corporativo doméstico também sob os holofotes.

Às 11:39, o Ibovespa caía 0,28 por cento, a 75.643,28 pontos. O volume financeiro somava 2,15 bilhões de reais.

No exterior, Wall Street mostrava os principais índices acionários com pequenas variações, em meio à repercussão de um conjunto misto de resultados de bancos. O S&P 500 tinha queda de 0,56 por cento.

Profissionais da área de renda variável tem citado que a bolsa local está mais vulnerável a movimentos no exterior, dado o ambiente de menor liquidez, em meio a férias no Hemisfério Norte e sem novidades relevantes no quadro político-eleitoral.

Do front macroeconômico, a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE mostrou queda de 3,8 por cento em maio ante abril, maior queda em sete anos, afetada pela forte contração na atividade de transportes causada pela greve dos caminhoneiros. [nL1N1U90E7

Análise gráfica do Itaú BBA destaca que o Ibovespa mostrou força ao fechar na região de resistência em 75.900 pontos na véspera, ao subir quase 2 por cento.

"Se conseguir fechar acima desta, o índice entrará em tendência de alta e abrirá espaço para seguir em direção a 76.500", escreveram Fábio Perina e Larissa Napo, em relatório a clientes nesta sexta-feira.

O vencimento de opções sobre ações na segunda-feira corroborava com alguma volatilidade no pregão.

DESTAQUES

- CIELO caía 2 por cento, após a empresa de meios eletrônicos de pagamento informar mais cedo a renúncia do seu diretor-presidente, Eduardo Campozana Gouveia, que será substituído interinamente por Clovis Poggetti Junior, atual vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS recuavam cerca de 3 por cento, tendo de pano de fundo decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de suspender o leilão de privatização das distribuidoras da companhia, marcado para 26 de julho, atendendo a uma decisão da 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro na quinta-feira.

- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR PN subia 3,1 por cento, em meio à repercussão favorável dos dados de vendas do segundo trimestre, com alta de 10,4 por cento na receita líquida total em relação ao mesmo período de 2017.

- MRV tinha acréscimo de 1 por cento, após divulgar que elevou em 28,3 por cento os lançamentos no segundo trimestre deste ano, enquanto prevê acelerar o ritmo das operações para atingir a meta de 50 mil imóveis lançados por ano até o fim de 2018.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíam 0,6 e 0,9 por cento, respectivamente, tendo no radar comentários do presidente da petrolífera de controle estatal, Ivan Monteiro, de que a empresa está aberta ao debate sobre a periodicidade dos reajustes dos preços dos combustíveis, conforme entrevista do executivo ao jornal Valor Econômico.

- VALE recuava 0,3 por cento, após ganhos fortes na véspera, enquanto o preço do minério de ferro à vista na China ficou praticamente estável nesta sessão.

- BRADESCO PN cedia 0,11 por cento, em sessão sem viés único para os bancos, após alta na véspera. ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,23 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT perdia 0,22 por cento, mas BANCO DO BRASIL tinha acréscimo de 0,1 por cento.

(Por Paula Arend Laier)