Dívida pública federal cresce 1,01% em junho, divulga Tesouro
BRASÍLIA, 25 Jul (Reuters) - A dívida pública federal do Brasil cresceu 1,01% em junho sobre maio, encerrando o primeiro semestre a R$ 3,754 trilhões, ainda fora da faixa estabelecida pelo governo para o ano, divulgou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (25).
Para 2018, o Plano Anual de Financiamento (PAF) fixou um intervalo de R$ 3,78 trilhões a R$ 3,98 trilhões para o estoque geral da dívida pública.
Em junho, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 0,94% em relação ao mês anterior, a R$ 3,607 trilhões, devido à apropriação positiva de juros de R$ 33,24 bilhões e emissão líquida de R$ 580 milhões.
Por sua vez, a dívida externa avançou 2,67% na mesma base de comparação, fechando o mês a R$ 146,79 bilhões.
O dólar terminou junho com valorização de 3,76%, no quinto mês seguindo em elevação, afetado pelas incertezas ligadas à eleição presidencial no Brasil, temores com a guerra comercial entre Estados Unidos e China e com a trajetória de alta de juros norte-americanos.
A continuidade da volatilidade nos mercados em junho fez o Tesouro prosseguir na estratégia de realizar leilões extraordinários. A respeito da atuação, o Tesouro avaliou nesta quarta-feira que os leilões "cumpriram com o objetivo de fornecer parâmetros de referência de preços e contribuíram para um melhor funcionamento do mercado financeiro".
Entre 28 de maio e 29 de junho, o Tesouro destacou ter efetuado um resgate líquido total de 19,1 bilhões de reais nos leilões de compra ou de compra e venda de NTN-Fs, NTN-Bs e LTNs.
Composição
Sobre a composição da dívida pública, os títulos prefixados continuaram com maior peso em junho, a 34,29% do total, abaixo do patamar de 34,67% em maio e da meta de 32% a 36% no ano.
Os títulos atrelados à taxa flutuante, como a Selic, encerraram o mês respondendo por 32,34% da dívida, sobre 32% em maio. Para o ano, o objetivo no PAF é que esses papéis, representados pelas LFTs, fiquem entre 31% a 35% da dívida pública federal.
Os títulos indexados à inflação, por sua vez, diminuíram ligeiramente sua representatividade a 29,28% da dívida total em junho, contra 29,32% no mês anterior, sendo que a referência para o ano é de 27% a 31%.
A participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna ficou praticamente estável em junho, a 11,93%, sobre 11,96% em maio, informou ainda o Tesouro.
(Edição de Iuri Dantas)
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