Ambev vende mais durante a Copa e lucro ajustado sobe a R$ 2,35 bi no 2º tri
SÃO PAULO (Reuters) - A Ambev teve lucro líquido ajustado de 2,35 bilhões de reais no segundo trimestre, alta de 9,7 por cento ante mesmo período de 2017, puxado por aumento de dois dígitos na receita líquida, com maiores vendas de cerveja durante a Copa do Mundo.
Sem ajuste, o lucro foi 2,424 bilhões de reais, alta de 14,1 por cento, disse a gigante de bebidas nesta quinta-feira.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 15 por cento, para 4,53 bilhões de reais, com margem Ebitda de 39,4 por cento, alta de 1,8 ponto percentual sobre um ano antes.
A receita líquida cresceu 12,1 por cento em doze meses para 11,5 bilhões de reais, com avanço de 2,6 por cento no volume vendido e de 8,6 por cento na receita líquida por hectolitro (ROL/hl). No Brasil, o crescimento da receita foi de 9,3 por cento, com o volume crescendo 1,5 por cento e a receita por hectolitro avançando 7,7 por cento.
Com exceção do Canadá, com queda de 2 por cento na receita líquida, a Ambev registrou aumento na receita em todas as regiões onde a empresa atua. Na América Central e Caribe a receita líquida subiu 16,2 por cento, enquanto na América Latina Sul o avanço foi de 25,6 por cento.
No Brasil, as vendas de cervejas voltaram a crescer, depois de um início de ano fraco. "Apesar da greve dos caminhoneiros, conseguimos entregar um aumento de 1,7 por cento do volume, em parte suportado pela Copa do Mundo da Fifa 2018", disse a Ambev.
As vendas de bebidas não alcoólicas no país subiram 1 por cento no trimestre, com avanço de 9,2 por cento no receita por hectolitro, e expansão de 10,2 por cento na receita líquida.
A empresa disse que continua confiante em relação as operações no Brasil, embora o cenário no país ainda seja "desafiador e volátil".
O custo dos produtos vendidos pela Ambev em todos os seus mercados subiu 8,4 por cento no trimestre, impactado pela inflação na Argentina e preços mais elevados das commodities, parcialmente compensados por um câmbio mais favorável no Brasil e em outros países do sul da América Latina.
A Copa do Mundo também foi em grande parte responsável pelo aumento das despesas com vendas, gerais e administrativas, que avançaram 11,3 por cento, devido à concentração das despesas de marketing relacionadas ao evento esportivo.
O resultado financeiro líquido ficou negativo em 1,05 bilhão de reais, 50 por cento maior do que um ano antes, devido a maiores perdas com instrumentos derivativos e não derivativos.
O fluxo de caixa operacional subiu 45,6 por cento para 3,52 bilhões de reais no segundo trimestre, com investimentos de 805 milhões de reais, alta de 7,2 por cento.
A empresa fechou junho com posição líquida de caixa de 5,77 bilhões de reais e dívida consolidada de 4,86 bilhões de reais.
(Por Raquel Stenzel)
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