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Sobe intenção de compra parcelada em comércio paulistano em agosto, diz FecomercioSP

23/08/2018 14h13

SÃO PAULO (Reuters) - Consumidores da cidade de São Paulo se mostram mais propensos a fazer compras financiadas em agosto, mas a parcela deles com recursos reservados para isso caiu pelo terceiro mês seguido, afirmou a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP), nesta terça-feira.

As conclusões constam de pesquisa realizada mensalmente e feita no início de agosto por meio de 2,2 mil entrevistas, informou a entidade. Para a FecomercioSP, a intenção de fazer compras a prazo tem correlação direta com a confiança no emprego.

"Há sinais de melhoria tênue ou ao menos de encerramento do processo de mau humor generalizado que se abateu sobre os empresários e consumidores desde o final do primeiro trimestre", afirma a FecomercioSP na pesquisa. "Em agosto, os movimentos foram semelhantes ao do mês anterior com avanço da intenção de financiamento e queda na segurança de crédito."

O Índice de Intenção de Financiamento da entidade, que havia subido 10 por cento entre janeiro e março, atingindo 44 pontos, voltou ao patamar em torno de 39 pontos entre abril e junho, passando a crescer pelo segundo mês consecutivo em agosto e atingindo 43,3 pontos.

Segundo a FecomercioSP, a parcela de paulistanos que declararam ter a intenção de comprar um produto com pagamento parcelado ou financiado foi de 20,8 por cento.

Porém, o indicador de segurança de crédito caiu 0,6 por cento entre julho e agosto, passando de 78 para 77,5 pontos. A queda foi resultado de recuo na segurança de crédito dos endividados, cujo indicador passou de 63,9 para 62,3 pontos no mesmo período. Já entre os não endividados, houve alta de 1,1 por cento, alcançando 95,1 pontos.

Para a entidade, a confirmação de que o mau humor entre os consumidores pode estar se dissipando somente deve ocorrer nos próximos um ou dois meses, "de qualquer forma há sinais de que grande parte dos ajustes negativos já foi feita por consumidores e empresários em suas vidas diárias e agora esses agentes econômicos estão começando a se preparar para dias melhores, por mais que o cenário ainda não seja o desejável".

(Por Alberto Alerigi Jr.)