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China enfrenta riscos econômicos elevados no segundo semestre, diz chefe de órgão de planejamento

29/08/2018 07h08

PEQUIM (Reuters) - A economia da China enfrenta riscos elevados no segundo semestre do ano e as autoridades precisam intensificar os esforços para atingir as metas de desenvolvimento, alertou o chefe da agência de planejamento estatal no momento em que as tensões comerciais com os Estados Unidos se intensificam.

"As metas de crescimento econômico, emprego, inflação e exportações e importações podem ser alcançadas através do esforço", disse He Lifeng ao comitê permanente do Congresso Nacional do Povo na terça-feira, de acordo com comunicado no site da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

"Mas para atingir as metas de crescimento em consumo, financiamento social e renda urbana disponível será preciso um esforço maior."

Pressionada pelos crescentes custos de financiamento, a economia da China já começou a esfriar mesmo antes da intensificação da disputa comercial com Washington, com o crescimento do investimento em mínima recorde e os consumidores mostrando maior cautela em relação aos gastos.

Pequim está acelerando os gastos em infraestrutura e oferecendo ajuda a empresas menores para impedir uma desaceleração mais profunda, embora as autoridades estejam cientes do aumento da dívida.

He atribuiu o aumento das dificuldades tanto a desafios estruturais de longo prazo na economia quanto a riscos externos.

Sobre o comércio, ele disse que a China deve buscar diversificar seus mercados de exportação e aumentar as importações.

He ainda afirmou que a China continuará com sua campanha para reduzir os riscos financeiros e conter a dívida, que irá controlar o ritmo e intensificar esses esforços, ecoando uma promessa do banco central de que o país não vai recorrer a forte estímulo desta vez para impulsionar o crescimento.

(Reportagem de Stella Qiu)