Petrobras retoma atividade na Replan e prevê 50% da produção em uma semana
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras inicia nesta quarta-feira (29) a retomada das atividades em sua maior refinaria, a Replan, em Paulínia (SP), que chegou a ser interditada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) após uma explosão na semana passada, informou a companhia em comunicado.
A petroleira adicionou que, com isso, espera que 50% da capacidade de produção da refinaria, de mais de 400 mil barris por dia, esteja normalizada em um período de até uma semana.
O anúncio da Petrobras vem na sequência da desinterdição da Replan, divulgado pouco antes pela ANP depois de uma verificação das condições de segurança da unidade. A interdição havia sido anunciada pelo órgão regulador na sexta-feira passada (24).
"As unidades não afetadas iniciam a retomada das atividades no dia de hoje. No cronograma está prevista a normalização da destilação em dois dias, das unidades de craqueamento catalítico e hidrotratamento em três dias e das demais unidades não afetadas em até uma semana", detalhou a Petrobras.
A ANP disse que a interdição da Replan na semana passada teve como objetivo garantir a segurança das instalações e evitar novos acidentes devido a uma sinalização de que a Petrobras poderia retomar parcialmente a operação.
A agência afirmou ainda que está em andamento um processo administrativo de investigação do incidente ocorrido na refinaria.
Incêndio e impactos
A Replan, em Paulínia (SP), teve parte de suas instalações tomada por um incêndio de grandes proporções na madrugada da segunda-feira passada (20), em um incidente que não deixou vítimas, mas paralisou imediatamente as atividades da unidade.
Com capacidade para processar 69 mil metros cúbicos por dia, o equivalente a 434 mil barris, a Replan responde por aproximadamente 20 por cento de todo o refino de petróleo no Brasil.
A Petrobras chegou a sinalizar após o incidente que não tinha preocupações imediatas com estoques e que as operações poderiam ser retomadas parcialmente ainda na mesma semana.
Mas, após a interdição da refinaria pela ANP, o gerente-executivo de logística da estatal, Claudio Mastella, disse que a empresa deve importar seis cargas no curto prazo, sendo uma de querosene de aviação e cinco de diesel. Cada carga de diesel é de cerca de 300 mil barris.
Analistas do UBS escreveram em relatório na terça-feira (28) que essas operações de importação podem gerar alguma perda à estatal, em meio a um cenário de preços maiores no mercado internacional devido à alta do dólar nos últimos dias e ao congelamento do diesel no mercado interno.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.