Petrobras sobe preço da gasolina em refinarias, na 1ª alta após política de hedge
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras elevará em 1 por cento o preço médio da gasolina em suas refinarias a partir da quinta-feira, para 2,2294 reais por litro, no primeiro reajuste desde o anúncio pela companhia da adoção de mecanismos de hedge para tentar conter a volatilidade das cotações do combustível.
A alta vem após uma desvalorização do real frente ao dólar nos últimos dias, devolvida em parte nesta terça-feira, e em meio a uma elevação nos preços do petróleo no mercado internacional.
O barril do petróleo Brent, referência internacional, subiu cerca de 3 por cento desde o útltimo reajuste da Petrobras, em 5 de setembro. Já os futuros da gasolina nos EUA, utilizados pela Petrobras em sua política de hedge, saltaram 3,4 por cento no período.
Com a nova alta, registrada no site da estatal, os preços da gasolina nas refinarias da Petrobras acumulam agora alta de 61,10 por cento e estão em nível recorde desde que a companhia passou a adotar sua atual política de reajustes até diários das cotações, em meados do ano passado.
Nos postos, o preço médio da gasolina no Brasil atingiu 4,525 reais por litro na semana encerrada em 8 de setembro, maior valor desde a semana encerrada em 23 de junho, quando o valor atingiu 4,538 reais por litro.
A marca histórica para a gasolina na bomba foi verificada em junho, segundo pesquisa da reguladora ANP, quanto bateu uma média histórica, a 4,614 reais por litro.
A Petrobras anunciou na quinta-feira passada que passou a adotar mecanismos de hedge para a gasolina em busca de reduzir a frequência dos reajustes em momentos de volatilidade, o que poderia permitir manter preços congelados por até 15 dias sem incorrer eventualmente em perdas, segundo executivos da petroleira.
DIESEL
Já o diesel da Petrobras segue com o preço congelado em 2,2964 reais por litro, em meio a um programa de subvenção do governo federal ao combustível, anunciado após uma histórica greve de caminhoneiros em maio disparada por protestos contra a alta nas cotações.
O programa de subsídio está em vigor até o final deste ano.
Após o fim do programa, a política de hedge da gasolina poderá eventualmente ser adotada pela Petrobras também para o diesel, segundo o presidente da companhia, Ivan Monteiro, que ressaltou nesta semana que ainda não há uma decisão sobre o tema, que será avaliado internamente.
(Por Luciano Costa; com reportagem adicional de Marta Nogueira)
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