BTG Pactual pode manter participação na PetroAfrica, diz fonte
Por Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - O maior banco de investimento independente do Brasil, o Banco BTG Pactual SA, pode manter sua participação na Petrobras Africa para evitar uma perda com a venda, disse uma fonte com conhecimento do assunto nesta sexta-feira.
Em junho, a Reuters informou que um consórcio liderado pela Vitol, principal operador de petróleo do mundo, havia entrado em negociações exclusivas para adquirir a PetroAfrica, como a empresa é conhecida, em uma oferta estimada em até 2,5 bilhões de dólares.
As negociações incluiriam 50 por cento da Petrobras, 40 por cento do BTG e 10 por cento da Helios Investment Partners.
Se a PetroAfrica fosse vendida por aquele preço, o BTG teria que registrar uma perda, já que o banco adquiriu uma participação de 50 por cento em 2013 por 1,5 bilhão de dólares e teria de contabilizar uma perda vendendo os 40 por cento que possui agora, segundo a fonte que não pôde ser identificada porque as discussões são privadas.
Embora o BTG tenha decidido vender a participação, o banco considera que a PetroAfrica começará a gerar um fluxo de caixa estável, pagando em breve dividendos constantes ao banco.
Se a Vitol concordar em aumentar sua oferta, o BTG estaria disposto a vender, acrescentou a fonte.
BTG, Vitol e a PetroAfrica não se pronunciaram imediatamente sobre o assunto.
A PetroAfrica é uma das últimas empresas remanescentes do portfólio de participações em empresas do BTG Pactual.
Depois que seu fundador, André Esteves, foi preso no final de 2015 sob acusações de corrupção, o banco foi forçado a vender ativos, e os sócios do BTG decidiram não manter mais participações sem liquidez, caso da PetroAfrica. Em julho, um juiz federal brasileiro absolveu Esteves.
Mais cedo nesta sexta-feira, o jornal Valor Econômico informou que o BTG pretendia manter sua participação na PetroAfrica, mas que nenhuma decisão ainda havia sido tomada.
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