Presidente do BNDES diz que empréstimos para Cuba e Venezuela foram um erro; discute dívida
O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (18) que foi um erro o banco ter concedido empréstimos a Cuba e à Venezuela no passado, pois hoje está claro que esses países não tinham condições de honrar seus compromissos.
O saldo devedor dos empréstimos, concedidos durante os governos do PT, somam cerca de US$ 1 bilhão, e os dois países estão com prestações em atraso, segundo Oliveira.
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"Há uma crítica a esses empréstimos e até diria que, olhando hoje, fica claro que eles não tinham condição de pagar. Provavelmente não deveriam ter sido feitos e agora temos que ir atrás do dinheiro para receber", declarou Oliveira a jornalistas, após participar de evento no Rio nesta terça-feira.
Nesta semana, Dyogo Oliveira teve reuniões com representantes do governo cubano para tratar do tema. Segundo ele, Cuba tem três parcelas em aberto com o BNDES que juntas somam US$ 17,5 milhões. O saldo devedor cubano é de aproximadamente US$ 600 milhões.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social frisou que a solução para a volta da adimplência de Cuba não passa obrigatoriamente pela reestruturação da dívida.
"Eles têm se mostrado solícitos e adeptos a buscar soluções, mas alegam que, por conta de questões climáticas e financeiras, não têm tido capacidade de honrar totalmente os pagamentos, eles têm feito pagamentos parciais", disse ele a jornalistas em evento da Associação Brasileira da Indústria de Química Final (Abifina). "Discutimos alternativas que ainda não podemos revelar", adicionou
A carteira de exportação do BNDES totaliza aproximadamente US$ 10 bilhões e a inadimplência de Cuba e Venezuela não preocupa os resultados do banco, frisou Dyogo Oliveira.
"O volume disso em relação à carteira do banco é pequeno e não é preocupante", destacou.
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