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UE apresenta ideias de reforma da OMC para conter EUA e China

18/09/2018 10h28

Por Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia publicou suas ideias na terça-feira para reformar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para conter distorções do mercado, como na China, e desestimular a saída dos Estados Unidos da entidade.

Um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificar sua guerra comercial com a China ao impor tarifas de 10 por cento sobre 200 bilhões de dólares em importações chinesas, a União Europeia revelou como acredita que os subsídios que distorcem o mercado deverem ser enfrentados.

Trump disse no mês passado que poderia se retirar da OMC, potencialmente dando fim a uma das fundações da economia moderna global em que os Estados Unidos foram fundamentais na criação.

"O mundo mudou, a OMC não. É hora de agir para tornar o sistema capaz de enfrentar os desafios da economia global de hoje e trabalhar para todos novamente. E a UE deve assumir um papel de liderança nisso", disse Cecilia Malmstrom, comissária de comércio da UE, em um comunicado.

A Comissão disse que quer atualizar as regras do comércio global, fortalecer o poder da OMC para monitorar o comércio e encontrar uma maneira de superar o atual impasse do sistema de solução de controvérsias da OMC.

Washington acusou a OMC de perder o foco nas negociações comerciais em favor de contenciosos e bloqueou as indicações para sua câmara de apelações que resolve as disputas. Até o final de setembro, a câmara normalmente com sete membros terá apenas três juízes, o número necessário para ouvir cada apelo.

A dura postura dos EUA provocou uma série de discussões diplomáticas, enquanto os membros da OMC tentam descobrir como responder. Autoridades se reuniram em Genebra em julho e vão se reunir novamente nesta semana, antes de uma reunião de ministros em Ottawa no próximo mês.

Em junho, os líderes da UE pediram à Comissão que apresentasse propostas com "parceiros de ideias semelhantes" que podem melhorar a OMC em áreas cruciais, como subsídios, fiscalização e negociações.