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Após melhor semana do ano, índice recua por realização com eleição e exterior no radar

24/09/2018 10h59

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista mostrava perdas na manhã desta segunda-feira, após o Ibovespa avançar mais de 5 por cento na semana passada, com agentes financeiros ainda atentos ao andamento da corrida presidencial, em meio a um quadro externo sem tendência única, com queda nas bolsas e alta de commodities.

Às 10:56, o Ibovespa caía 0,48 por cento, a 79.063,26 pontos. O volume financeiro somava 1,17 bilhão de reais.

Na semana passada, o Ibovespa acumulou alta de 5,32 por cento, maior ganho semanal de 2018.

"A duas semanas do primeiro turno das eleições, as novas pesquisas de intenção de votos e todo o noticiário político devem ganhar cada vez mais relevância no rumo dos negócios", destacou a equipe da corretora Ágora, em nota a clientes.

Do lado das pesquisas, o pregão começou com a repercussão das sondagens DataPoder360 e BTG Pactual/FSB, conhecidas entre a noite de sexta-feira e a manhã desta segunda-feira, enquanto agentes financeiros aguardam levantamento Ibope à noite.

Na visão de operadores consultados pela Reuters, tanto a pesquisa DataPoder360 como a sondagem BTG Pactual/FSB consolidaram a liderança de Jair Bolsonaro no primeiro turno, mas também mostraram crescimento de Haddad, mantendo um cenário nebuloso sobre o segundo turno.

Do mercado externo, a equipe do Bradesco chamou a atenção para o efeito negativo nas praças acionárias decorrente de incertezas em relação à disputa comercial entre EUA e China.

Em Wall Street, o S&P 500 caía 0,2 por cento, pressionado principalmente por ações de tecnologia. Na Europa, o FTSEurofirst 300 perdia 0,45 por cento.

Para a equipe da Ágora, tal ambiente favorece alguma realização de lucros, particularmente após a "boa alta" da última semana.

Em relatório a clientes, o Bradesco também destacou o petróleo sendo negociado em "alta considerável", após a Opep se recusar no fim de semana a anunciar um aumento imediato na produção e a alta de commodities metálicas com as novas tarifas norte-americanas passando a valer já nesta segunda-feira.

DESTAQUES

- VALE ON caía 0,5 por cento, após fechar em cotação máxima recorde na última sexta-feira, de 61,01 reais, pesando no Ibovespa dado o seu relevante peso no índice, conforme acumula em setembro valorização ao redor de 12 por cento. BRADESPAR PN, que concentra investimentos na mineradora, perdia 1,5 por cento.

- PETROBRAS PN subia 0,8 por cento, favorecida pela alta do petróleo no exterior, embora siga suscetível a expectativas relacionadas ao cenário eleitoral.

- BRADESCO PN cedia 1,6 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,6 por cento, após ganhos na semana passada, com o setor de bancos também vulnerável a especulações sobre o desfecho da corrida presidencial. BANCO DO BRASIL perdia 0,75 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT cedia 0,25 por cento.

- VIA VAREJO UNIT recuava 0,3 por cento, tendo no radar acordo com a Getnet, empresa de tecnologia do Santander, para oferecer um portal aos vendedores de sua plataforma marketplace com soluções de serviços financeiros. No setor, MAGAZINE LUIZA caía 2,4 por cento e B2W cedia 1,9 por cento.

- ELETROBRAS ON avançava 0,2 por cento, com agentes financeiros atentos a leilão da elétrica estatal agendado para a quinta-feira, no qual a empresa oferecerá a investidores participações em parques eólicos e linhas de transmissão de energia em operação. A expectativa é de ofertas por todos os 18 lotes de ativos colocados à venda, disse recentemente o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr.