Haddad defende acordo comercial com México e intensificação de integração do Mercosul
SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira a negociação de um acordo comercial com o México e a intensificação do ritmo de integração do Mercosul, e disse que já tem mantido contatos com autoridades argentinas e com assessores do presidente eleito do México neste sentido.
Em entrevista coletiva em São Paulo, onde fará gravações para a campanha, Haddad também defendeu a parceria com os países do Brics --grupo formado, além do Brasil, por Rússia, Índia, China e África do Sul-- e disse que as exportações podem ser um motor importante da geração de empregos.
"Os Brics são muito importantes para o Brasil. China, Índia, Rússia são mercados muito importantes para o Brasil. E nós temos que aprofundar os acordos bilaterais e multilaterais com esses parceiros", disse o petista.
"A integração do Mercosul, não dá para manter o ritmo atual. Temos que aprofundar o ritmo da integração. Eu tenho mantido contato com autoridades argentinas que eu já conhecia de longa data e nós vamos buscar uma aproximação com a Argentina."
Haddad afirmou que a vitória do político de esquerda Andrés Manuel López Obrador na eleição presidencial mexicana abriu um novo horizonte para o Brasil e disse que pretende explorá-lo, se eleito, mantendo desde já conversas com a equipe de Obrador.
"Abriu-se uma possibilidade nova que a gente tem que explorar --além de Oriente Médio, África-- que é a vitória do Obrador no México. O México pode fazer um acordo bilateral com o Brasil visando a ampliação do comércio", disse o petista, que afirmou que historicamente o Brasil tem dificuldades de firmar acordos profundos com o México.
"A vitória do Obrador nos dá essa possibilidade. Também tenho mantido conversas com assessores do Obrador, que toma posse até antes do presidente do Brasil, toma posse em dezembro, e em janeiro o próximo presidente do Brasil --espero que sejamos vitoriosos-- nós possamos também estreitar os laços com o México", disse.
Haddad também defendeu que o Brasil deve ter um papel de facilitador da mediação na crise da Venezuela sem tomar partido e, indagado se o país vizinho ainda é uma democracia, afirmou que "há um problema de mediação entre as forças políticas de oposição e situação" e que o papel do Brasil é ajudar esta mediação.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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