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Crescimento da Alemanha pode se recuperar depois de 3º tri fraco, diz Bundesbank

22/10/2018 11h14

FRANKFURT (Reuters) - A economia da Alemanha sofreu no terceiro trimestre devido a uma queda do setor automotivo, mas as bases de sua recente expansão permanecem no lugar e o crescimento deve se recuperar nos últimos três meses do ano, disse o Bundesbank nesta segunda-feira.

Com a União Europeia implementando um novo sistema de certificação de emissões de veículos, as montadoras alemãs lutaram para obter autorização regulatória, enquanto a produção também caiu pelos grandes descontos de concessionárias para liberar o estoque antes que as novas regras entrem em vigor.

A Alemanha tem sido a principal influência do crescimento da zona do euro nos últimos cinco anos e suas recentes oscilações aumentaram as preocupações de que o ciclo de crescimento possa estar chegando a um fim prematuro, antes que alguns países tenham tempo de se recuperar da crise da dívida do bloco há menos de uma década.

"O crescimento econômico na Alemanha ainda está fundamentalmente intacto", disse o Bundesbank em um relatório econômico mensal regular.

"O clima de negócios melhorou notavelmente no terceiro trimestre, de acordo com o Instituto Ifo, portanto, uma expansão significativa da produção econômica é esperada para o trimestre atual", acrescentou o banco.

Ainda assim, os números de crescimento do terceiro trimestre, que devem ser divulgados em meados de novembro, devem ser baixos, já que as vendas no varejo foram modestas e a produção da construção recuou das máximas anteriores, exacerbando o impacto no crescimento de uma grande queda na produção industrial.

As dificuldades da indústria automobilística continuaram até o final do trimestre, mas outros segmentos da indústria se saíram melhor e o volume de pedidos industriais também permaneceu alto, acrescentou o Bundesbank.

O governo alemão recentemente cortou sua previsão de crescimento em 2018 para 1,8 por cento, de 2,3 por cento, e também reduziu a projeção para 2019, para 1,8 por cento, de 2,1 por cento, citando o impacto das disputas comerciais globais, escassez de mão de obra e as dificuldades do setor automotivo.

(Por Balazs Koranyi)