MPF abre nova investigação sobre Guedes no âmbito da Greenfield, defesa contesta base para apuração
BRASÍLIA (Reuters) - A defesa do economista Paulo Guedes, indicado pelo candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, como superministro da Economia em caso de vitória, desqualificou investigação relativa a fundos de pensão, alegando base frágil para a apuração.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a defesa de Guedes disse que a investigação se baseia em um "relatório fragilíssimo, que tratou de apenas um, dentre quatro investimentos realizados pelo fundo".
A investigação do Ministério Público Federal (MPF), segundo o portal Jota, ocorre no âmbito da operação Greenfield. A Reuters contatou desde a manhã desta sexta-feira a assessoria de imprensa do MPF para obter detalhes do caso e aguarda um retorno.
"O relatório omite o lucro considerável que o fundo tem propiciado aos investidores e a perspectiva de lucro de mais de 50 por cento do valor investido. Ou seja, não houve qualquer prejuízo às partes envolvidas", disse a defesa do economista.
Segundo a defesa do economista, Guedes jamais teve qualquer poder de deliberação sobre o destino dos investimentos, "os quais foram todos aprovados pelo Comitê de Investimentos, formado por membros indicados pelos cotistas".
"Por fim, causa perplexidade que, a 72 duas horas das eleições, o Ministério Público instaure uma investigação para apurar um investimento que deu lucro aos fundos de pensão", afirmaram os advogados de Guedes.
No início do mês, o economista foi alvo de outra investigação da Greenfield a partir de relatórios da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Naquela, o MPF apura se Guedes cometeu dois delitos da Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional: gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e se emitiu e negociou títulos mobiliários sem lastro ou garantias.
(Por Ricardo Brito)
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