Petrobras fecha acordo para vender ativos na Nigéria por até US$ 1,53 bi
SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras assinou nesta quarta-feira (31) acordo para venda de sua participação de 50% na joint-venture holandesa Petrobras Oil & Gas (PO&GBV), que detém ativos na Nigéria, por um valor total de até US$ 1,53 bilhão.
A participação foi vendida para a Petrovida Holding, que tem como sócios Vitol Investment Partnership II, Africa Oil Corp e Delonex Energy.
Os outros 50% do ativo pertencem ao BTG Pactual E&P, que informou ao mercado também nesta quarta-feira que irá manter a sua participação.
A PO&GBV tem 8% de participação no bloco OML 127, onde está o campo produtor de Agbami, e 16% de participação no bloco OML 130, que contém o campo produtor de Akpo e o campo de Egina, em fase final de desenvolvimento. Em nenhum deles a joint venture é operadora.
A parcela da Petrobras na produção dos ativos da PO&GBV é de cerca de 21 mil barris de óleo equivalente por dia.
A transação, segundo a petroleira brasileira, envolverá um pagamento à vista de US$ 1,407 bilhão, sujeito a ajustes até o fechamento da operação, e um pagamento diferido de até US$ 123 milhões, a ser efetuado assim que o processo de redeterminação do campo de Agbami for implementado.
A conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de condições, como aprovações de órgãos governamentais nigerianos.
A venda faz parte do plano bilionário de venda de ativos e parcerias da Petrobras, que busca reduzir sua enorme dívida, que está entre as maiores para uma petroleira no mundo. A companhia também vem fazendo um amplo trabalho de gestão de portfólio, que visa focar nos ativos com melhor rentabilidade.
Na terça-feira (30), a Reuters publicou que a Petrobras poderá obter cerca de US$ 20 bilhões, de agora até o próximo ano, caso sejam realizadas as vendas de todos os projetos já anunciados para desinvestimentos, segundo uma fonte com conhecimento do assunto.
Nos últimos três anos, a estatal realizou aproximadamente US$ 20 bilhões em vendas de ativos e parcerias.
(Por Alberto Alerigi Jr. e Marta Nogueira)
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