BNDES confirma leilão de distribuidora da Eletrobras apesar de revés na Justiça
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mantém para a próxima semana o leilão de privatização da distribuidora de energia da Eletrobras no Amazonas, apesar de uma decisão judicial desfavorável no início da semana, disse o presidente da instituição, Dyogo Oliveira, nesta quinta-feira.
"Sim, está confirmado", afirmou ele a jornalistas em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
A 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro decidiu tornar sem efeito a 170ª assembleia geral extraordinária da Eletrobras, ocorrida em fevereiro deste ano, que votou pela venda das distribuidoras de energia da estatal.
O caso ocorre após a Eletrobras ter realizado a venda de quatro de suas distribuidoras neste ano. Restam para ser privatizadas as unidades de Amazonas, cujo leilão está previsto para o próximo dia 27, e a de Alagoas, com processo suspenso por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.
Questionado sobre como o leilão poderia ocorrer mesmo com o mais recente revés na Justiça e sem a aprovação do projeto de lei que daria mais segurança jurídica aos interessados, Oliveira preferiu não comentar.
Em nota, a assessoria de imprensa do BNDES disse que o certame está mantido: "Não há mudança de data no leilão".
Uma fonte da Eletrobras também disse, sob condição de anonimato, que a expectativa é de que o leilão ocorra na data prevista.
"Temos mais uma luta jurídica, mas vamos vencer e fazer o leilão", afirmou. "Temos pouco tempo, mas estamos trabalhando e lutando para o leilão acontecer", acrescentou.
A fonte destacou que mesmo com tantas dificuldades, a Amazonas Energia ainda é um ativo interessante, uma vez que há oportunidade para empresas interessadas em melhorar a gestão da distribuidora, altamente deficitária.
"Se não comprar agora, vai ter de esperar a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) fazer um novo leilão. Demora e terá de arrumar ela para vender", concluiu.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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