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Gastos do consumidor dos EUA aumentam com força; crescimento salarial permanece fraco

21/12/2018 14h00

WASHINGTON (Reuters) - Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram com força em novembro, quando as famílias compraram veículos e gastaram mais em serviços públicos, mas o crescimento dos salários permaneceu moderado, sugerindo que o ritmo atual de consumo não deve se sustentar.

O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,4 por cento no mês passado, também impulsionados pelos gastos com recreação. Os dados de outubro foram revisados para mostrar que os gastos aumentaram 0,8 por cento em vez do aumento de 0,6 por cento registrado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores aumentariam 0,3 por cento em novembro. Quando ajustados pela inflação, os gastos do consumidor subiram 0,3 por cento no mês passado, depois de saltarem 0,6 por cento em outubro.

Os fortes gastos do consumidor devem reduzir o impacto sobre a economia de um déficit comercial em deterioração, do enfraquecimento do mercado imobiliário e da desaceleração do investimento das empresas em equipamentos. As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão atualmente em torno de uma taxa anualizada de 2,9 por cento. A economia cresceu a um ritmo de 3,4 por cento no trimestre de julho a setembro.

Em novembro, os gastos com produtos aumentaram 0,4 por cento, após alta de 0,9 por cento em outubro. Os gastos com serviços subiram 0,4 por cento depois de aumentarem 0,7 por cento no mês anterior.

As pressões inflacionárias permaneceram moderadas em novembro. O índice PCE excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia subiu 0,1 por cento, igualando a alta de outubro.

Isso elevou o aumento na base anual do chamado núcleo da inflação para 1,9 por cento, de uma mínima de oito meses de 1,8 por cento em outubro.

O núcleo do PCE é a medida preferencial do Federal Reserve. O índice atingiu a meta de inflação de 2 por cento do banco central dos EUA em março pela primeira vez desde abril de 2012.

O banco central dos Estados Unidos elevou a taxa de juros na quarta-feira pela quarta vez este ano, mas projetou menos altas de juros no próximo ano e sinalizou que o ciclo de aperto está próximo do fim diante da volatilidade do mercado financeiro e da desaceleração do crescimento global.

(Por Lucia Mutikani)