Fortescue diz que impacto da Vale sobre mercado de minério de ferro ainda é incerto
Por Melanie Burton
MELBOURNE (Reuters) - A mineradora australiana Fortescue Metals Group disse nesta quinta-feira que ainda é muito cedo para determinar os impactos totais de um desastre em uma mina da brasileira Vale sobre a oferta de minério de ferro.
As ações de mineradoras rivais subiram depois que a Vale anunciou que irá retirar de operação 10 por cento de sua produção de minério de ferro após a catástrofe, que deixou quase uma centena de mortos segundo a contagem até o momento. Os papéis da Fortescue saltaram para uma máxima de 16 meses.
"Nós não temos ainda 100 por cento de clareza sobre o impacto líquido na oferta de minério de ferro, mas com certeza haverá algum impacto", disse a presidente da Fortescue, Elizabeth Gaines, acrescentando que a empresa presta suas condolências.
"É uma tragédia terrível e nós realmente sentimos por todos na Vale e na comunidade."
O movimento da Vale, que pode reduzir em cerca de 40 milhões de toneladas a oferta anual, gera expectativa de aumento na demanda por minério de ferro da Austrália.
A Fortescue, quarta maior produtora de minério de ferro do mundo, reportou nesta quinta-feira uma alta de 5 por cento nos seus embarques de minério de ferro do segundo trimestre, dizendo que tem sentido forte demanda por seu novo produto de médio teor.
"Nós acreditamos que a Fortescue será uma importante beneficiada com a elevação dos preços do minério de ferro resultante do desastre da mina de Feijão", escreveu em relatório o analista Jeremy Sussman, da Clarksons Platou.
"Nós acreditamos que haverá mais demanda por minério de médio teor."
A Fortescue, que antes era uma fornecedora de minério de baixo teor, menos popular, começou a exportar um produto de médio teor para ampliar suas margens, uma vez que preços menores do aço levaram algumas siderúrgicas chinesas a evitar produtos de maior teor, mais caro.
"Nós temos agora um produto de 60,1 por cento e estamos vendo uma demanda muito forte", disse Gaines à Reuters.
(Reportagem adicional de Ambar Warrick e Nikhil Kurian Nainan em Bangalore)
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