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Grupo anti-Renan tentará levar disputa do Senado ao 2º turno

31/01/2019 18h36

BRASÍLIA (Reuters) - O grupo de oito pré-candidatos de diversos partidos dispostos a concorrer com Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência do Senado definiu sua estratégia, em reunião nesta quinta-feira, e trabalhará para que a votação seja aberta e ocorra em dois turnos.

Nenhum dos integrantes do grupo --formado por Simone Tebet (MDB-MS), Major Olimpio (PSL-SP), Angelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Alvaro Dias (Pode-PR), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Reguffe (sem partido-DF), e Esperidião Amin (PP-SC)-- manifesta, por ora, a intenção de retirar suas candidaturas, mas há disposição de trabalhar por um consenso em um eventual segundo turno.

"A decisão da reunião foi que todos os senadores que estavam na reunião se definiram por voto aberto e pela decisão em dois turnos amanhã", disse Reguffe, referindo-se à eleição da Mesa, marcada para esta sexta-feira.

"Acho que a eleição, principalmente com essa quantidade de candidatos, ela vai para segundo turno", avaliou o senador pelo Distrito Federal.

Integrantes do grupo têm feito questão de deixar claro que não se trata de uma articulação contra a candidatura de Renan ou de qualquer outro candidato.

"Não, é um movimento de renovação do Senado, não está contra uma candidatura. Acho que o Renan tem o direito de ser candidato, como qualquer um dos 81 senadores. Então é um movimento de mudança do Senado, não é movimento contra ninguém", afirmou o senador Angelo Coronel.

O grupo calcula que são grandes as chances de um segundo turno, seja pelo número de candidaturas postas ou por conta de certa resistência ao nome de Renan, que não teria votos, na avaliação do grupo, para liquidar a disputa já no primeiro turno.

Para ser eleito, um candidato precisa do voto de 41 dos 81 senadores.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)