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Reforma dos militares necessariamente trará economia para Tesouro em 10 anos, diz Marinho

19/03/2019 17h30

BRASÍLIA (Reuters) - Todas as alternativas que estão sendo consideradas para o projeto que reforma a Previdência dos militares garantem uma economia para o Tesouro em 10 anos, afirmou o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após idas e vindas do governo sobre o assunto nesta terça-feira.

"Estamos debruçados sobre esses números, estamos terminando os últimos cálculos atuariais, existem algumas simulações", disse Marinho, após reunião com a bancada do MDB na Câmara dos Deputados.

"As alternativas todas contemplam superávit para o Tesouro durante e ao fim de 10 anos", acrescentou ele, destacando que o presidente Jair Bolsonaro é quem baterá o martelo, na quarta-feira, sobre o formato final da proposta e seu impacto fiscal.

Mais cedo, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que esse ganho seria de 13 bilhões de reais. À tarde, no entanto, ele voltou atrás e disse que havia errado a cifra.

"Está errado meu número, está errado", disse Mourão ao se corrigir. Segundo sua assessoria, ele disse que se enganou.

"O que prevalece é o número da área econômica. Lidei com muita coisa hoje de manhã e me equivoquei", disse o presidente em exercício, segundo sua assessoria.

Quando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que mexe nas regras previdenciárias para servidores públicos civis e trabalhadores da iniciativa privada foi apresentada no mês passado, a equipe econômica divulgou que o projeto para os militares traria uma economia de 92,3 bilhões de reais em uma década, embora o texto ainda estivesse em formatação.

Nesta terça-feira, Marinho voltou a dizer que a economia apenas com as regras ligadas à Previdência dos militares ficará por volta deste patamar.

"Talvez um pouco mais, um pouco menos", disse.

Mas como o projeto também abarcará mudanças na estrutura de carreira dos militares, que terão um custo que o secretário não quis detalhar, o ganho total para os cofres públicos deve ser menor.

(Por Marcela Ayres)