Temer está extremamente indignado com prisão, diz ex-ministro Marun
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-presidente Michel Temer está "extremamente indignado" após ter sido preso pela Polícia Federal, disse nesta sexta-feira o ex-ministro Carlos Marun, que visitou Temer na Superintendência da PF no Rio de Janeiro após a prisão do emedebista por suspeita de chefiar uma organização criminosa que atua há 40 anos desviando recursos públicos.
"Estive aqui ontem, encontrei o presidente extremamente triste e até indignado, porque como conhecedor do direito que ele é, ele sabe que esta sendo alvo de uma prisão arbitrária e ilegal", disse Marun ao chegar à PF no centro do Rio de Janeiro nesta sexta-feira para visitar Temer novamente.
"Ontem estava extremamente triste e extremamente indignado, mas sendo tratado com dignidade e respeito", acrescentou o ex-ministro da Secretaria de Governo, que disse ter sido autorizado a fazer a visita na condição de advogado, apesar de não estar cadastrado como defensor de Temer na causa.
Temer foi preso na quinta-feira pela PF, em São Paulo, no âmbito da operação Descontaminação, braço da Lava Jato que apura irregularidades na Eletronuclear, e foi acusado por procuradores do Ministério Público Federal de chefiar uma organização criminosa que atua há 40 anos desviando recursos públicos e cujas propinas recebidas e promessas de vantagens somam 1,8 bilhão de reais.
Também foram presos na operação, que apura propinas pagas em troca de contratos de obras na usina nuclear de Angra 3, o ex-ministro Moreira Franco, aliado de longa data do ex-presidente e que ocupou os ministérios de Minas e Energia e da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo do emedebista, e o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo João Batista Lima Filho, amigo pessoal e apontado como operador financeiro de Temer.
De acordo com a PF, Temer está sendo mantido em uma sala de 20 metros quadrados, com banheiro e frigobar. Está previsto depoimento do ex-presidente nesta sexta-feira, assim como de Moreira e do coronel Lima, que estão presos em uma unidade da Polícia Militar do Rio em Niterói, mas que foram levados à Superintendência da PF nesta manhã.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)
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