Indústria cresce em fevereiro, mas setor extrativo tem maior queda em 17 anos por Brumadinho
SÃO PAULO (Reuters) - A produção industrial mostrou alguma recuperação em fevereiro impulsionada por Bens de Capital e indicando melhora do investimento, ao devolver as perdas do mês anterior, apesar da maior queda em 17 anos do setor extrativo devido ao desastre em Brumadinho (MG) com uma barragem da Vale.
A produção industrial teve alta de 0,7% em fevereiro sobre o mês anterior, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado elimina a queda de 0,7% em janeiro, em dado revisado de recuo de 0,8% divulgado antes.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 2%, interrompendo três meses seguidos de perdas.
Em fevereiro, entre as categorias econômicas, o destaque coube a Bens de Capital, uma medida de investimento, que teve avanço de 4,6% na produção impulsionada pela produção de caminhões.
Bens de Consumo Duráveis também tiveram forte alta de 3,7% em fevereiro sobre o mês anterior, com o setor de automóveis ajudando o resultado, segundo o IBGE.
Já a produção de Bens de Consumo Semiduráveis e não Duráveis registrou crescimento de 0,7%, enquanto a de Bens Intermediários encolheu 0,8% no mês.
Entre os 26 ramos pesquisados, 16 apresentaram ganhos, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (6,7%), produtos alimentícios (3,2%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%).
"A alta bem disseminada na produção de fevereiro ainda guarda uma relação com o efeito-calendário, já que em 2019 o mês teve dois dias úteis a mais do que fevereiro de 2018, com o feriado de Carnaval em março", explicou em nota o gerente da pesquisa, André Macedo.
Entretanto, as indústrias extrativas sofreram a maior queda da série iniciada em 2002, com contração de 14,8%, devido principalmente à produção de minérios de ferro. Segundo o IBGE, esse resultado é reflexo dos efeitos do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale em Brumadinho (MG), que deixou mais de 300 mortos.
De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa dos economistas para a indústria neste ano é de uma expansão de 2,5%, acelerando a 3% em 2020.
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