Globalia vai fundar empresa aérea no Brasil, diz ministro
SÃO PAULO (Reuters) - O grupo espanhol Globalia, dono da AirEuropa, está se preparando para ampliar sua atuação no Brasil com uma nova empresa do setor aéreo, disse neste sábado o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, em sua conta no Twitter.
Segundo ele, o grupo vai se aproveitar da medida provisória que altera os limites de participação de capital estrangeiro nas empresas áreas, permitindo que chegue a 100 por cento.
"Boa notícia! Grupo Globalia, da AirEuropa, está fundando no Brasil uma nova empresa de aviação, a 1ª após edição da MP que abre cias. brasileiras para capital externo. Outorga será pedida nos próximos dias. Importante para equilibrarmos oferta de voos e reduzir preço da passagem", disse Freitas.
Com o processo de recuperação judicial da Avianca, a entrada de novas empresas tem sido defendida pelo governo para o reequilíbrio de oferta de voos e redução dos preços.
Procurada, a Globalia não se manifestou imediatamente. A AirEuropa já realiza voos no Brasil.
"Obtendo outorga, ela vai contratar pilotos e tripulação brasileira, gerando empregos, concorrência no setor e novos investimentos no país", acrescentou o ministro.
O presidente Jair Bolsonaro retuitou neste sábado o post do ministro da Infraestrutura.
A mensagem de Freitas foi feita dias antes de a MP caducar, na próxima quarta-feira. Uma versão da mesma proposta tramita em projeto de lei, mas ainda precisa passar pelo Senado.
Um dos problema para votar a medida provisória é que partidos que compõem o chamado Centrão e a oposição decidiram obstruir a votação de todas as MPs até a aprovação do texto da Medida Provisória 870, que trata da reforma administrativa do governo Bolsonaro, com as modificações feitas na Comissão Mista, segundo a Agência Brasil.
Entre as novidades da 870 estão a criação de dois novos ministérios e a volta do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), hoje no Ministério da Justiça, para a pasta da Economia. O novo texto também limitou os poderes de investigação dos auditores da Receita. As mudanças enfrentam resistência do PSL, partido de Bolsonaro.
(Por Roberto Samora)
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