Ryanair tem maior baixa no lucro em 4 anos, empresa diz que pode cair mais
DUBLIN (Reuters) - A Ryanair divulgou seu lucro anual mais fraco em quatro anos e disse que o resultado pode cair ainda mais, já que a Europa sofre o que o presidente-executivo da companhia aérea, Michael O'Leary, descreveu como guerra de tarifa.
As ações da empresa, a maior companhia aérea de baixo custo da Europa, caíam 3,5 por cento nesta segunda-feira, depois que a previsão de lucro para o ano até março de 2020 ficou abaixo das expectativas dos analistas.
A Ryanair, que já havia sinalizado uma queda acentuada na lucratividade em dois avisos no ano passado, divulgou lucro após impostos caírem para 1,02 bilhão de euros em 31 de março, ante 1,45 bilhão no ano anterior.
O lucro do ano até março de 2020, que incluirá pela primeira vez a unidade Laudamotion recentemente adquirida e deficitária, ficará entre 750 milhões e 950 milhões de euros, em comparação com um valor equivalente a 880 milhões no ano anterior.
Uma pesquisa da empresa com mais de 10 analistas publicada antes do anúncio dos resultados previa lucro após impostos de 977 milhões de euros para o ano até março de 2020.
O analista da Liberum, Gerald Khoo, descreveu a previsão de lucro e a orientação de custos não relacionados a combustíveis subindo 2 por cento como "decepcionantes". Davy Stockbrokers disse que cortará sua previsão de desempenho da empresa em 9 por cento, mas acredita que o "ponto mais baixo" provavelmente foi atingido.
Várias companhias aéreas rivais alertaram para uma piora no ambiente de negócios, em parte por causa de excesso de capacidade do setor e indefinição dos viajantes que estão preferindo evitar fazerem reservas para férias de verão por causa de incertezas sobre o futuro do processo do Brexit.
E apesar de O'Leary afirmar que a fraqueza no preço das passagens pode melhorar no invertno, ele alertou investidores que o setor aéreo europeu está passando por uma queda cíclica na lucratividade.
"Francamente, se estamos em um período em que vamos passar por guerra de tarifas...os lucros vão ser pressionados por um ano ou dois e acho que isso é o que os investidores deveriam esperar", disse o presidente da Ryanair.
"Entretanto, está claro para mim que dentro de quatro ou cinco anos veremos a emergência de quatro ou cinco grandes europeus de aviação... com muito mais disciplina de capacidade... e haverá pressão para cima nos preços de passagens", acrescentou o executivo. Segundo ele, os preços médios de passagens aéreas para o ano que se encerra em março de 2020 vão provavelmente ser entre 2 por cento menores e um por cento maior que no ano anterior.
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