EUA pedem que tradings parem de vender combustível de aviação à Venezuela, dizem fontes
Por Julia Payne e Dmitry Zhdannikov
LONDRES (Reuters) - Os Estados Unidos disseram nesta semana a algumas grandes casas de trading que elas devem parar de negociar combustível de aviação com a Venezuela ou enfrentarão sanções, aumentando a pressão que visa retirar do poder o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, segundo duas fontes do setor.
De acordo com as duas fontes, os contatos com diversas casas de trading suíças e britânicas foram feitos por autoridades do Departamento de Estado norte-americano e a ação busca restringir voos comerciais e militares na Venezuela.
As autoridades dos EUA disseram a seus interlocutores que o comércio de diesel com a Venezuela ainda é considerado legal por razões humanitárias.
O Departamento de Estado dos EUA não respondeu de imediato a um pedido por comentários.
A pressão, parte dos esforços de Washington para remover Maduro em favor do líder da oposição, Juan Guaidó, vem após exigências semelhantes feitas em março por autoridades norte-americanas, que pediram a casas de trading e refinarias de petróleo para que reduzissem o comércio com a Venezuela ou enfrentariam sanções, ainda que os negócios dos operadores não fossem proibidos pelas sanções dos EUA.
As autoridades norte-americanas vêm tentando zerar as entregas de gasolina e produtos refinados, que são utilizados na diluição do petróleo bruto venezuelano para torná-lo adequado à exportação.
Os EUA, juntamente a quase 50 outros países do mundo, consideram Guaidó o líder legítimo da Venezuela, e têm apoiado seus esforços para retirar Maduro do poder, mas tais ações estagnaram nas últimas semanas.
(Reportagem de Dmitry Zhdannikov e Julia Payne, com reportagem adicional de Timothy Gardner em Washington e Marianna Parraga na Cidade do México)
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