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Retomada do crescimento depende de equilíbrio fiscal e produtividade, diz secretaria

Marcela Ayres

30/05/2019 13h00

BRASÍLIA (Reuters) - O desempenho da economia no primeiro trimestre deste ano deixou claro que o país encara importantes desafios, e a Nova Previdência é o primeiro e crucial passo para o equilíbrio das contas públicas, elemento necessário para a volta do crescimento sustentado, disse nesta quinta-feira a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, em nota.

A retomada do crescimento da economia, segundo o texto, passa ainda pelo aumento da produtividade.

"A Nova Previdência representa o primeiro e crucial passo rumo à sustentabilidade das finanças públicas, reduzindo incertezas quanto ao quadro macroeconômico futuro para que possa haver novos investimentos", afirmou a secretaria, chefiada por Adolfo Sachsida.

Para melhorar a produtividade, o foco se volta para iniciativas como reforma tributária, abertura comercial, aperfeiçoamento do mercado financeiro e de capitais, programas de concessão e privatização na área de infraestrutura, choque de energia barata, combate à corrupção e aos desperdícios no setor público e eliminação de gastos tributários e subsídios financeiros e creditícios ineficientes.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil retraiu 0,2% no primeiro trimestre ante os últimos três meses de 2018.

Segundo a secretaria, a economia foi afetada no primeiro trimestre por "diversos choques" de curto prazo, bem como pelo ambiente externo de incertezas e de crescimento "relativamente lento". Problemas de caráter estrutural também pesaram sobre o crescimento no começo deste ano, segundo a secretaria.

"Com isso, projetos foram adiados e a recuperação da economia revelou-se mais lenta do que o esperado no início do ano", afirmou a nota.

A secretaria estima que o PIB da agropecuária, afetado pelos reveses climáticos no começo do ano, ganhe impulso com a recuperação da safra ao longo do ano.

Do lado do comércio, a secretaria estima "carry over" (efeito carregamento) positivo de 2% para o ano de 2019, o que contribuirá para o resultado do PIB de serviços.

Mas a secretaria não faz menção às expectativas para o setor industrial e se limita a dizer que o segmento foi prejudicado pelos desdobramentos do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), que prejudicou a indústria extrativa, e pela crise na Argentina, a qual impactou as exportações de manufaturados.

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