Em convenção do PSDB, Maia diz que não adianta falar que é possível governar sem partidos
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, em convenção nacional do PSDB, que não adianta se atacar instituições e falar que se pode governar o Brasil sem partidos políticos.
Maia destacou ainda que o Brasil está "tão radicalizado" que uma frase dita pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, segundo o qual "ser ponderado deveria ser o norte de todos os políticos do Brasil", foi bastante aplaudida no encontro.
O presidente da Câmara, que disse ter votado nos candidatos tucanos a presidente depois de 1989, disse no encontro ver um PSDB forte e que "a democracia não existe sem partidos fortes". Disse que, nas três vezes que presidiu a Casa, sempre teve apoio do partido.
"Por isso que entreguei ao PSDB o que tem de mais importante na minha presidência, que é a relatoria da Previdência", destacou, que também defendeu a agenda de "reformas".
A convenção do PSDB desta sexta oficializa a troca do comando do partido.
O ex-governador de São Paulo e candidato a presidente derrotado Geraldo Alckmin deixa a presidência da legenda para dar lugar ao ex-ministro e ex-deputado federal Bruno Araújo (PE), ungido com o apoio do atual governador paulista, João Doria, que se tornou nas eleições passadas a maior liderança do PSDB.
O governador de São Paulo, que foi ovacionado aos gritos de "Brasil para frente, Doria presidente", disse que vai trabalhar com afinco para aprovar a reforma da Previdência com o objetivo de o país conseguir novos investimentos e que mais brasileiros tenham direito a emprego e renda.
Araújo, que foi candidato único ao cargo, disse, por sua vez, que nas próximas semanas vai discutir com deputados e senadores do partido o fechamento de questão em favor da reforma da Previdência.
O novo presidente disse também que o partido vai ter posição e buscar unidade, tolerância e apresentar propostas concretas.
De modo geral, as declarações dos dirigentes do PSDB não apresentaram críticas ao governo, mas buscaram colocar o partido como alternativa ponderada em discussões políticas.
(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Alexandre Caverni)
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