Brasileira produtora de hambúrguer de carne vegetal recebe 1º aporte de investidores
SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de produtos de carne vegetal Fazenda Futuro recebeu um primeiro aporte de investidores liderados pela empresa brasileira de capital de risco Monashees. O negócio avaliou a empresa como valendo 100 milhões de dólares.
O aporte envolveu 8,5 milhões de dólares e participação na Fazenda Futuro de 8,5 por cento, informou nesta quinta-feira a companhia, que lançou suas operações no primeiro semestre deste ano. Além da Monashees, o aporte envolveu a Go4it Capital.
"Como o Brasil é um dos maiores exportadores de carne do mundo, queremos ser um nome global deste mercado. É quase obrigação nossa", disse à Reuters por telefone Marcos Leta, sócio-fundador da Fazenda Futuro.
A empresa, porém, tem pela frente páreos-duros. A Seara, da gigante JBS
No Brasil, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) estima em 30 milhões o número de pessoas que se declara vegetariano. Desse número, 7 milhões são veganos, que evitam consumir qualquer tipo de produto de origem animal.
Com os recursos, a Fazenda Futuro vai acelerar em um ano seu plano de desenvolvimento. A capacidade de produção de 150 toneladas mensais será ampliada nos próximos 18 meses para 550 toneladas. A expansão, porém, ainda não será suficiente para deixar os produtos da empresa em condição de igualdade de preço ou com preços menores que os produtos de carne bovina.
Leta afirmou que para isso acontecer, a empresa precisará atingir uma capacidade entre 1.000 e 1.200 toneladas mensais, de modo a capturar ganhos de escala e de margem de negociação.
O foco maior da Fazenda Futuro são as redes de varejo, tendo como clientes GPA
"Nosso foco está 65 por cento no varejo e o restante é food service... Queremos acelerar a construção da categoria de forma organizada", disse Leta, referindo-se à exibição dos produtos da companhia em freezers lado a lado com produtos de carne bovina.
Atualmente, a Fazenda Futuro afirma que está presente em cerca de 2.000 pontos de vendas no país, com presença maior nas Regiões Sul e Sudeste, além de Brasília e Salvador.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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